quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CHAMADO À ORAÇÃO

À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e Ele ouvirá a minha voz. Salmo 55:17

Segundo o texto acima, evidentemente, o salmista costumava orar três vezes por dia.
Quando visitei o Egipto, fiquei a saber que os muçulmanos oram cinco vezes por dia. O nosso grupo de turismo, certo dia, visitou uma mesquita no Cairo. Quando chegou a hora da oração, um muezim lá em cima, na sacada de um dos minaretes da mesquita, chamou os fiéis à oração com vibratos na voz aguda. Em resposta, os seguidores do profeta Maomé pararam o que estavam a fazer e estenderam os seus tapetezinhos de oração. Voltados na direcção de Meca, curvaram-se para orar.
Como sinal de respeito, o nosso grupo parou e alguns de nós também orámos. Enquanto ali estive, meditando, veio-me o pensamento: Estes muçulmanos deixam envergonhados os cristãos. Muitos dentre nós não oramos nem com a frequência do salmista. Deveriam os cristãos orar menos que os muçulmanos?
Não, com certeza que não deveríamos orar menos! Isso não quer dizer que, todas as vezes que oramos, devemos desenrolar um tapetezinho e colocar-nos de joelhos, mas seria bom que dirigíssemos os nossos pensamentos ao Céu, três, cinco ou mais vezes ainda por dia.
Já considerou que todas as circunstâncias na vida de um cristão são um chamado à prece? Não deveríamos apenas orar em tempo de crise, mas especialmente quando tudo parece ir bem - ou demasiado bem. É nessas ocasiões que temos a tendência para esquecer que dependemos de Deus. É também nessas ocasiões que Satanás fraudulentamente usurpa o lugar que, no nosso coração, pertence ao Senhor por direito.
Não, não é necessário curvarmo-nos fisicamente cada vez que oramos, mas se quisermos manter a nossa saúde espiritual, precisamos de viver em atitude de oração.
"Podemos ter comunhão com Deus no nosso coração. ... Quando empenhados nos nossos trabalhos diários, podemos expandir o desejo do nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. ... Ele ergue-se acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos a falar, e a nossa oração é ouvida." - Obreiros Evangélicos, pág. 258.