sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A UTILIDADE DA ADVERSIDADE

Falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos. Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés... e o levaram a Babilónia. Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; fez-Lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica. 2 Crónicas 33:10-13

A noz da palmeira-do-vinho, nativa nos trópicos, leva três anos para se desenvolver, e às vezes não chega a brotar. Vários métodos foram tentados para diminuir o tempo de germinação. Descobriu-se, por exemplo, que se uma semente é imergida na água até inchar e depois seca, nunca germinará. Mas se for submetida ao congelamento durante alguns dias, depois descongelada em água quente, e a seguir imersa em água durante 10 horas, ela brotará e se desenvolverá em poucos meses. O duro tratamento na verdade demonstra-se benéfico.
Manassés, filho de Ezequias, deixou de aprender a dependência de Deus e a obediência à Sua vontade numa época de prosperidade temporal. Mas sob o cruel tratamento dos seus captores assírios, o conhecimento de Deus, que jazia dormente quase uma vida inteira, por fim germinou e produziu os frutos da justiça.
A experiência de Sansão foi semelhante. Nascido para livrar o seu povo da opressão dos filisteus, ele deixou de cultivar o tipo de dependência de Deus que deveria ter caracterizado a sua vida. Entretanto, fustigado pela adversidade, privado da sua grande força, da sua liberdade e da sua visão, ele diligentemente procurou e descobriu que Deus é a fonte de todo o poder (ver Juízes 16:21-28; Hebreus ll:32 e 33).
Quando Deus criou o homem, não tencionava que a adversidade fosse necessária para o desenvolvimento de um carácter justo. Em vez disso, Ele colocou os nossos primeiros pais num belo jardim, cercado por todas as bênçãos imagináveis. Mas, quando escolheu ser desobediente, o homem foi banido do Éden e a maldição foi pronunciada sobre a Terra. Ainda assim, a própria maldição, se for aceite com o devido espírito, constitui uma bênção. Como no caso da noz da palmeira-do-vinho, as probantes experiências da vida podem levar à germinação da justiça e, com frequência, tornam-se a fonte das nossas maiores bênçãos.