terça-feira, 16 de outubro de 2012

BONDADE PARA COM ESTRANHOS

Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos. Levítico 19:33, 34

Era Domingo à noite, 29 de Dezembro de 1946. A primeira edição do jornal Miami Herald tinha acabado de ir para a impressão. Timothy Sullivan, redactor, preparava-se para ir para casa e ter uma bem-merecida noite de descanso, quando o seu telefone tocou e uma voz de mulher começou a implorar:
- Por favor, ajude-me! O meu marido está com uma hemorragia e vai morrer!
O moribundo era Rudy Kovarik, do Estado de Michigan. Ele e a sua mulher estavam de férias na Flórida, quando a úlcera do estômago começou a sangrar e ele foi levado à pressa para o Hospital Biscayne. Uma úlcera a sangrar não é necessariamente uma ameaça à vida. A situação, no entanto, era crítica porque o tipo de sangue de Kovarik era raro, AB com Rh negativo, e não estava a ser encontrado em toda a região. Só se um doador com aquele tipo de sangue fosse localizado em pouco tempo, é que os médicos poderiam fazer alguma coisa para o salvar.
O que poderia fazer um redactor de jornal? Um homem estava a morrer. Sullivan teve uma ideia. Telefonou para a emissora de rádio WCBS, a alguns quarteirões adiante, e pediu para falar com o locutor Walter Winchell, que devia ir para o ar dentro de minutos com o noticiário. Relutantemente, o telefonista permitiu que Sullivan falasse com Winchell. Dentro de poucos minutos, Winchell irradiou a notícia acerca de Kovarik, dando o nome do doente e os números do telefone do hospital, do posto policial e do escritório do redactor do Miami Herald. Dentro de minutos, esses telefones ficaram congestionados com ligações vindas de todo o país, oferecendo doações de sangue. Um dos oferecimentos veio de um soldado que estava de licença, hospedado num hotel a uns dois quarteirões do hospital. Alguns minutos depois, o sangue transportador de vida fluía para dentro das veias do debilitado paciente. A vida de Kovarik foi salva. Algumas semanas mais tarde, Sullivan obteve a recompensa quando o agora restabelecido Kovarik entrou no seu escritório para lhe expressar gratidão, não como um estranho, mas como um amigo.
Às vezes somos recompensados nesta vida por demonstrar bondade, mas não contemos com isso. Sejamos bondosos uns para com os outros, não porque pode aparecer alguma recompensa, mas porque o amor de Cristo nos impulsiona a fazer o bem.