terça-feira, 4 de setembro de 2012

NÃO A GRAMÁTICA, MAS A MENSAGEM

Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo, ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Isaías 28:11 e 12

Os mais bem sucedidos ganhadores de almas para Deus nem sempre foram pregadores muito correctos e educados. Às vezes Deus escolhe pessoas humildes, homens e mulheres sem instrução para proclamarem a Sua mensagem.
O nosso versículo fala daqueles que "não quiseram ouvir" a mensagem de Deus, porque a fala do Seu mensageiro era "gaguejante" e "estranha". Essas pessoas perdem muito por adoptarem essa atitude. Será que elas pertenceriam àquela classe de pessoas acerca das quais Paulo diz que se cercaram "de mestres... como que sentindo coceira nos ouvidos"? 2 Timóteo 4:3.
No início do ministério do grande evangelista Dwight L. Moody, um crítico abordou-o dizendo que a sua gramática era fraca e a sua dicção deixava muito a desejar.
- Sr. Moody - censurou o crítico - o senhor não deve falar em público enquanto não aperfeiçoar a sua gramática. O senhor comete tantos erros gramaticais, que é uma vergonha!
- Sou deficiente em muitas coisas - concordou Moody - mas estou a fazer o melhor com aquilo que tenho. - Depois, 'virando o feitiço contra o feiticeiro', Moody perguntou: - Diga-me, meu amigo, que tem gramática perfeita, o que está a fazer por Jesus?
Tanto quanto eu saiba, o crítico nunca respondeu à pergunta.
Por outro lado, o facto de Deus utilizar às vezes pessoas que não cultivam a oratória para proclamar a mensagem, não é motivo para que adquiramos hábitos desleixados no falar. Creio que todos concordam que um orador humilde e consagrado, que usa boa gramática e sintaxe, e atrai a atenção dos ouvintes a Deus e à Sua mensagem apesar de uma dicção imperfeita, pode servir a Deus com mais eficiência do que alguém que fala displicentemente.
O simples facto da nossa oratória ser imperfeita não é desculpa para esconder a nossa luz sob o alqueire. Ao permitirmos que o Espírito Santo nos use, podemos ser instrumentos competentes na conquista de almas, mesmo que não consigamos pregar como Paulo.