quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MÃO AMIGA

Pedro... ficou cheio de pavor e começou a afundar-se. "Salve-me, Senhor!" gritou ele. No mesmo instante Jesus estendeu-lhe a mão e o salvou. Mateus 14:29 e 30 (A Bíblia Viva)

Há muitos anos a escuna Thomas M. N. Stone afundou-se ao largo da costa oriental dos Estados Unidos. O Comandante Newcomb e a sua tripulação de seis pessoas escaparam num bote salva-vidas. Foram resgatados alguns dias mais tarde pela embarcação África, que os levou a Nova Iorque.
Newcomb registou uma queixa junto das autoridades da Marinha, declarando que enquanto se encontravam à deriva, um barco a vapor de casco preto e uma só chaminé passara por eles a uns três quilómetros de distância, sem ter parado para prestar socorro. A tripulação do barco tinha obviamente visto o internacionalmente conhecido sinal de perigo (um cobertor preso a um remo), pois o vapor tinha tocado três vezes a sua buzina - mas prosseguira sem parar. Disse Newcomb: "Se eu soubesse o nome daquele barco e o do seu capitão, o mundo inteiro seria informado!"
Acho que nem sempre nos damos conta de que muitos náufragos no mar da vida são ignorados como aquele comandante e a sua tripulação.
A minha mulher e eu visitámos recentemente o nosso filho Don e família, na cidade de Paradise, Califórnia. Eu tinha trabalhado no estágio do ministério 40 anos antes, naquela mesma cidade. Enquanto andávamos por locais familiares para mim, mostrei à minha mulher o lugar onde tinha morado uma família de membros da igreja (vou chamar-lhes Clark). Quando os visitei, a Sra. Clark pediu-me que visitasse o seu filho de 19 anos de idade, que morava numa cabana próxima. Ela contou que ele não tinha amigos, nunca saía e estava simplesmente a desperdiçar a vida.
Quando bati e a porta se abriu, fui recebido pelo rosto mais triste que me recordo de ter visto na vida. Momentos depois, o rapaz desfazia-se em lágrimas. Devido à minha inexperiência, eu não sabia o que fazer. Li um versículo das Escrituras, fiz uma breve oração e fui-me embora. Pouco tempo depois, fui transferido para outro distrito e não dei continuidade àquela visita inicial, mas isso não era desculpa realmente para negligenciar o rapaz. Eu poderia pelo menos ter-lhe escrito uma carta animadora. A inexperiência não deve ser usada como pretexto para deixar de atender os que se encontram em necessidade.
Por todos os lados, ao nosso redor, há pessoas como aquele rapaz. Necessitam de um amigo. De alguém solícito. De alguém que as leve a Jesus, que nunca deixe de estender a mão para salvar. Você ou eu podemos ser esse amigo.