terça-feira, 14 de agosto de 2012

SUPORTANDO PRISÃO INJUSTA

Você dará vista aos cegos, e dará liberdade aos que vivem prisioneiros na escuridão e no desespero. Isaías 42:7 (A Bíblia Viva)

Não há muito tempo, estava a assistir ao noticiário da noite na televisão e vi dois homens libertados da penitenciária, que tinham passado 17 anos atrás das grades por um assassínio que não tinham cometido. Depois de ter sido declarado inocente, um deles exclamou: "Dezassete anos da minha vida desperdiçados!" Não era necessário.
Na antiga União Soviética, milhões de pessoas inocentes foram enviadas para os campos de trabalho forçado na Sibéria e incontáveis milhares internados em manicómios por 'crimes' contra o Estado - como, por exemplo, queixar-se de condições intoleráveis de vida. Alguns até foram drogados, para lhes debilitarem a força de vontade.
Não esperamos que notícias desse tipo existam numa sociedade livre - mas existem. Há vários anos atrás, uma senhora foi injustamente internada num Hospital para doentes mentais, pelos próprios familiares mesquinhos. Algumas ter-se-iam entregue ao desespero - mas não aquela senhora! Preste atenção às corajosas palavras que ela escreveu na sua cela da prisão:
"Uma voz 'mansa e delicada' assegura-me que as orações em meu favor serão atendidas. Há uma linguagem mais forte que as palavras e, quanto mais me apoio no amor divino, mais condições tenho de a entender. Apego-me à certeza de que aquilo que é a vontade de Deus, não pode estar fora do lugar. O poder do homem poderia ter-me dado liberdade física há bastante tempo, mas todo o bem que há em mim deve ser inteiramente provado, e testada a sua profundidade e genuinidade... Talvez aqueles que se encontrem fisicamente livres não estejam a experimentar a alegria que sinto neste aparente confinamento. Aqui dentro, tenho aprendido quão responsáveis somos pela medida de alegria ou pela falta dela que temos na nossa vida."
Paredes de pedra não fazem uma prisão,
Nem barras de ferro uma cela;
Mentes calmas e inocentes
Fazem delas um local de retiro.
Frequentemente, nós, os que nos encontrávamos no campo de concentração japonês, costumávamos recitar essas linhas escritas pelo poeta inglês Richard Lovelace. Nem você nem eu sabemos o que é que o futuro nos reserva, mas uma mente fortalecida pela presença divina pode suportar qualquer tipo de prisão.