terça-feira, 21 de agosto de 2012

SEGURANÇA NAS MÃOS DEUS

Quanto a mim confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus. Nas Tuas mãos estão os meus dias.Salmo 31:14 e 15

No Museu Metropolitano de Arte, na cidade de Nova Iorque, está uma das famosas obras-primas do escultor francês Auguste Rodin. Ao nos aproximarmos dela, parece apenas um grande bloco bruto de mármore branco. Mas ao chegarmos bem perto, parece emergir da pedra uma grande, bela e bem cinzelada mão. Tem-se a impressão de que aquela mão brota de dentro do mármore - uma impressão característica que Rodin gostava de dar a algumas das suas obras.
Se nos aproximarmos ainda mais, veremos que a mão está a segurar duas figuras humanas, os corpos ainda em formação de um homem e de uma mulher. Se examinar-mos com atenção, veremos na base da obra uma inscrição que diz: "A Mão de Deus." Quando vi estas palavras, elas fizeram-me recordar o texto do Antigo Testamento que diz: "Olhai para a rocha de que fostes cortados, e para a caverna do poço de que fostes cavados." Isaías 51:1.
No Salmo 74:11, Asafe dirige-se a Deus com a queixa: "Porque retrais a Tua mão, sim, a Tua destra?" - como se até àquele momento Deus o tivesse protegido, mas agora, por alguma inexplicável razão, tenha "puxado o tapete" sob os seus pés. É como se Asafe, quase irreverentemente, estivesse a dizer: "Vamos, Senhor. Não me deixes passar por isto. Faz alguma coisa!"
Todos nós, provavelmente, já nos sentimos assim em alguma ocasião. A urgência do momento parece exigir que Deus faça algo no mesmo instante. Precisamos lembrar-nos de olhar para aquilo que é eterno, além do temporal (ver 2 Coríntios 4:18), sem esquecer que nada nos pode separar do amor de Deus (ver Romanos 8:39).
Todo o ser humano deve a sua existência a um amorável Criador, um fiel Pai celeste que segura a todos na palma da Sua mão.
Quando as provações e dificuldades nos oprimem, temos a tendência de perder de vista este facto. Assim como no caso da "Mão de Deus" de Rodin, não podemos discernir claramente a Sua presença, a certa distância, apesar de que Ele "não está longe de cada um de nós". Actos 17:27.
Quando isso acontecer, olhe pela fé para a Rocha da qual foi cortado, para a Pedreira da qual foi cinzelado.