domingo, 26 de agosto de 2012

COMO O AMOR TRATA O ÓDIO

Raiva e ódio só produzem brigas e confusão; mas o amor esquece e perdoa todas as ofensas. Provérbios 10:12 (A Bíblia Viva)

Aaron Burr, soldado americano e líder político, era talentoso, capaz e com boa apresentação, mas juntamente com essas admiráveis qualidades tinha um aspecto odioso de carácter, que acabou por causar a sua queda.
Por ocasião da eleição nacional de 1800, Thomas Jefferson concorreu para a presidência dos Estados Unidos como líder do Partido Democrático, tendo Burr como seu candidato para a vice-presidência. Devido a um erro crasso no processo eleitoral, Burr recebeu o mesmo número de votos de Jefferson. Como resultado a eleição teve de ser decidida no Congresso.
Lá, Burr passou a incentivar os congressistas para que o elegessem presidente, em lugar de Jefferson. Este, por sua vez, foi suficientemente sábio para manter-se calado. Mas Alexander Hamilton um oponente federalista que odiava Burr e, aparentemente, percebia mais do que Jefferson os defeitos de carácter de Burr, persuadiu o Congresso a eleger Jefferson, e não Burr. Este nunca perdoou a Hamilton.
Em 1804, quando Burr concorreu para o governo de Nova Iorque, Hamilton mais do que uma vez usou a sua influência contra ele, e Burr perdeu de novo.
O ressentimento reprimido agora flamejou como ódio ostensivo. Burr desafiou Hamilton para um duelo. Hamilton aceitou. Os dois homens encontraram-se numa área isolada perto de Weehawken, no Estado de Nova Jersey. O tiro da pistola de Burr matou Hamilton. A vingança pode ter-lhe dado um gostinho doce, mas acabou com a carreira política de Burr. Muito tempo depois, ele admitiu que teria sido mais sábio enterrar o ódio. Se o tivesse feito, poderia ter conseguido finalmente tornar-se presidente dos Estados Unidos. Em vez disso perdeu tudo o que esperava conquistar e morreu amargurado. O ódio, no fim de contas, é auto-destrutivo.
Um cristão faz mais do que simplesmente não odiar. Ele procura activamente oportunidades de fazer o bem aos que o odeiam, de maneira aceitável. E ele fá-lo não para conquistar a admiração das multidões, ou mesmo o favor do seu inimigo (embora em alguns casos seja esse o resultado), mas porque é certo agir assim. O amor de Cristo leva-o a actuar deste modo.