sábado, 28 de julho de 2012

O DÉCIMO PRIMEIRO MANDAMENTO

Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos. João 13:34 e 35

Certa vez, antes de ser conhecido pela sua cronologia bíblica, o Arcebispo James Usher sofreu um naufrágio na costa da Irlanda, mas conseguiu nadar até à praia. Praticamente despido, dirigiu-se à casa mais próxima e bateu. Um homem veio atender. Usher explicou que era pastor e pediu ajuda. Acontece que ele tinha batido à porta da casa do pastor da paróquia. Cauteloso para não ser ludibriado, e talvez querendo divertir-se um pouco, ele decidiu testar Usher com uma pergunta bíblica antes de dar assistência.
- Quantos são os mandamentos? - perguntou ele.
- Onze - respondeu Usher, percebendo um tom de escárnio na sua voz.
- Errado! - desdenhou o pastor. - São apenas dez.
- São onze - insistiu Usher. - Acho que o senhor se esqueceu daquele que diz: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros."
Será que aquele homem acabou por ajudar Usher? Não sei. Espero que sim e espero que ele tenha demonstrado mais bondade e mais prontidão a outros desconhecidos que tenham batido à sua porta depois daquele dia.
Uma vez, ouvi uma ilustração de um sermão que me impressionou profundamente. Um padre católico romano conduzia pela auto-estrada quando viu um rapaz na berma a pedir boleia. Parou para o apanhar. Era um jovem rude, a quem todos na cidade chamavam 'Satã Smith', por causa da sua aparência. Desanimado com as suas inúteis tentativas para arranjar emprego, Smith tinha decidido ingressar na vida do crime; mas o sacerdote, com a sua bondade, conseguiu fazê-lo mudar de ideias.
Se vivêssemos sempre tão perto do Senhor como deveríamos, será que Ele não nos mostraria quando ajudar os que se encontram em necessidade? Nos tempos actuais, nem sempre é prudente dar boleia a estranhos. Mas pense no eunuco etíope que procurava a verdade e foi tocado a dar boleia a Filipe (ver Actos 8:26-39). Não será possível que, se vivermos perto do Senhor, ele nos mostre a quem ajudar e a quem evitar?