terça-feira, 3 de julho de 2012

HUMILHANTE, VOLUNTÁRIA E SUBSTITUINTE

Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que n'Ele fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5:21.

A morte de Cristo é mencionada 175 vezes no Novo Testamento. Todas as grandes doutrinas do Evangelho gravitam em torno deste grande e memorável evento. Gloriar-se na cruz - diz o apóstolo das nações - significa gloriar-se naquela graça que nos reconcilia com Deus. (Efésios 2:16). É pois, com um sentimento reverente que reflectimos sobre a morte vicária de Cristo e o seu significado para o mundo.
Primeiramente, salientamos, foi uma morte humilhante. Os ladrões e escravos romanos eram açoitados e depois crucificados. Cristo, o Santo de Deus, foi exposto a essa morte vergonhosa, tendo os soldados romanos rasgado as Suas vestes em quatro partes, sendo uma para cada um deles. (S. João 19:23, 24).
Jesus foi açoitado e publicamente submetido ao opróbrio. Foi o amor pelos pecadores que O levou a desprezar as afrontas e suportar a infâmia da cruz. (Hebreus 12:2).
Mas, a morte de Cristo foi também voluntária. Ele foi "obediente até à morte e morte de Cruz." (Filipenses 2:8). Foi o próprio Salvador quem afirmou: "Por isso o Pai Me ama, por que dou a Minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder para dá-la e para tomá-la." S. João 10:17-18.
A Sua morte foi a de um mártir. Entretanto, cumpre notar que muitas vezes o mártir morre lutando para evitar o martírio. Jesus, porém, morreu voluntariamente a fim de salvar a raça humana.
Mas, sobretudo, a morte de Cristo foi de natureza substitutiva. Ele morreu para nos libertar da culpa do pecado, pois, do contrário, ser-nos-ia impossível reconciliar-nos com Deus. O apóstolo escreveu: "Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós, para que n'Ele fôssemos feitos justiça de Deus."
Mas para que esta obra substitutiva de Deus tenha valor para nós, é necessário que aceitemos o Seu perdão e, apegados à mão de Deus, comecemos a palmilhar o caminho da santificação, tendo a alma purificada pelo Seu sangue.
Aceitando esta morte substituinte, inauguremos este dia cantando com alegria o velho hino - Rude Cruz, cujas estrofes evocam a comovente tragédia do Calvário:
Sim, eu amo esta mui rude cruz,
Té morrer eu a vou proclamar;
Té na glória, das mãos de Jesus,
A coroa da vida ganhar.

Enoch de Oliveira in Cada Dia com Deus