sexta-feira, 22 de junho de 2012

O QUE PODERIA TER SIDO -22

Então Jesus respondeu: "Eu não sou rei terreno. Se fosse, os Meus seguidores teriam lutado. João 18:36 (A Bíblia Viva)

Os cristãos dos primeiros séculos recusaram-se a usar armas por causa dessas palavras de Jesus. Adolph von Harnack (1851-1930), provavelmente o maior erudito em Novo Testamento da sua época - sem ser um pacifista, diga-se de passagem - declarou certa vez: "Nunca poderemos reconciliar a guerra com o Evangelho; mas também não podemos crer que Cristo a apoiasse."
Nos primeiros séculos, os cristãos recusaram-se a entrar no exército romano porque isso significava matar os seus semelhantes. Justino, o Mártir, declarou no segundo século que os cristãos preferiam a morte a participar na guerra. E no dia 12 de Março de 295, por exemplo, Maximilian, um cristão de vinte anos de idade, deixou de aceitar uma insígnia romana por serviços prestados, dizendo: "Eu já tenho uma insígnia: o emblema do meu Senhor Jesus Cristo." Como punição, foi sumariamente executado.
Em época mais recente, alguns cristãos têm 'justificado' matar em 'guerras santas' porque o povo de Deus no tempo do Antigo Testamento se envolvia em batalhas e matava os inimigos - e Deus parecia aprovar o que faziam.
Embora pareça ser assim, não nos esqueçamos de que esse não foi o primeiro ou o melhor plano de Deus. No Salmo 81:13 e 14 Deus lamenta: "Ah! Se o Meu povo Me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo, e deitaria mão contra os seus adversários" - e podemos ter a certeza de que Ele o faria de uma forma justa e misericordiosa.
Mas Israel escolheu ser como as nações vizinhas, pois, como Deus diz por intermédio do salmista: "O Meu povo não Me quis escutar a voz, e Israel não Me atendeu. Assim deixei-os andar na teimosia do seu coração: sigam os seus próprios conselhos." Salmo 81:11 e 12. Por misericórdia, Deus não rejeitou o Seu incrédulo povo de uma vez por todas, mas o resultado foi o definhamento da sua alma (ver Salmo 106:15), o que finalmente os levou a rejeitar o Messias.
Em vez de seguir o seu exemplo e de abusar da misericórdia de Deus, escolhamos o Seu bom caminho em primeiro lugar.