terça-feira, 12 de junho de 2012

CONSEGUE SENTIR O PUXÃO?

Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor. Oseias 11:4

Quando eu era miúdo e vivia na Ilha da Madeira, gostava de soltar papagaios. Quando o vento soprava, o céu parecia encher-se desses coloridos 'pássaros'.
Já alguma vez soltou um papagaio num dia em que soprava uma leve brisa e soltou mais linha do que era necessário, vendo-a oscilar para trás e para a frente com perigo de se enroscar na linha-guia? Uma vez perdi um papagaio dessa maneira.
Assim como um papagaio voa melhor quando puxa contrariando o seu 'anseio' por liberdade, assim também os cristãos agem melhor quando se submetem voluntariamente às 'cordas humanas' e aos 'laços de amor' do Mestre. Deus sabe exactamente quanta liberdade conceder-nos para que sejamos guiados no caminho certo. Ele sabe exactamente quando puxar a corda e impedir-nos de ficar enredados no pecado.
Há uns 40 ou 50 anos atrás, surgiu uma filosofia adoptada por muitos pais na criação dos seus filhos. Essa filosofia ensinava que a criança seria muito mais feliz e cresceria mais 'naturalmente' se lhe fosse permitido desenvolver-se sem as restrições paternas. Segundo essa teoria, as restrições poderiam 'prejudicar' a psique da criança. Hoje, muitas autoridades em psicologia infantil declaram que esta filosofia falhou.
É verdade, obviamente, que restrições duras, incoerentes e irrazoáveis são prejudiciais. Mas estudos recentes têm demonstrado que a criança é mais feliz e desenvolve-se melhor quando as restrições paternas são razoáveis, coerentes e feitas com amor. Até mesmo o principal promotor da filosofia laissez faire (não intervencionista) de desenvolvimento infantil acabou por admitir que o seu método de criar filhos não era o melhor. Só que, nessa altura, era tarde demais para reverter os maus resultados.
Sente às vezes a restrição das cordas-guia de Deus dando um puxão no seu coração? Lembre-se: aquilo que acontece com papagaios e crianças também acontece com cristãos. As restrições de Deus não existem para nos ferirem, mas têm por objectivo o nosso bem-estar presente e eterno. A Palavra de Deus assegura-nos que "nenhum bem (Ele) sonega aos que andam rectamente". Salmo 84:11.