sábado, 28 de abril de 2012

O AMOR É VULNERÁVEL

(O amor) não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. I Coríntios 13:5 e 6.

Roberto de Vincenzo, um jogador de golfe argentino, pode não ter sido o melhor do mundo, mas um dia ele surpreendeu todos (induindo a si próprio) ao vencer um torneio. Recebeu o cheque correspondente ao primeiro lugar. Enquanto se encaminhava para o seu carro, uma jovem senhora de olhar triste aproximou-se dele.
- Foi um dia bom para si, não foi?
Vincenzo concordou, com um movimento de cabeça. Ela continuou:
- O senhor pode ajudar-me? Tenho um bebé com uma doença incurável no sangue, e os médicos dizem que ele não vai viver durante muito tempo.
Tocado por esse apelo, Vincenzo parou, pegou na caneta, endossou o cheque da vitória e colocou-o na mão da senhora.
- Proporcione alguns dias bons ao seu filho - disse ele.
O olhar de surpresa no rosto da jovem mãe foi um agradecimento suficiente. Uma semana mais tarde, Vincenzo estava a almoçar no clube do campo quando um dos executivos do campeonato de golfe se aproximou dele.
- Ouvi dizer que você entregou o cheque recebido na semana passada à mãe de um bebé doente.
Vincenzo confirmou com a cabeça.
- Bem, permita dizer-lhe uma coisa, amigo. Aquela mulher era uma impostora. Ela não tem bebé nenhum. Nem sequer é casada. Você foi enganado, meu velho.
- Quer dizer que não existe nenhum bebé a morrer sem esperança?
- Exacto! - garantiu o oficial.
- Olhe, essa foi a melhor notícia que ouvi esta semana! - exclamou o jogador de golfe.
Extraordinário!
É isso que acontece com o amor 'agape'. Nunca se alegra com os infortúnios de outras pessoas. Assim como no caso de Vincenzo, regozija-se com boas notícias. Como ele atribui bons motivos aos outros, é vulnerável, mas nunca se torna cínico.
Isso não significa que os cristãos devam ser 'capachos' ou 'otários'. Significa que, embora sejam inofensivos como as pombas, são "prudentes como as serpentes" (Mateus 10:16). Embora sejam sensatos, nunca se tornam paranóicos.