segunda-feira, 30 de abril de 2012

MANTENDO COMPROMISSOS

Quem, Senhor, habitará no Teu tabernáculo? Quem há-de morar no Teu santo monte? O que vive com integridade ... o que jura com dano próprio, e não se retracta. Salmo 15:1, 2 e 4

Há muito tempo atrás, enquanto o Duque da Burgúndia presidia o Gabinete do Conselho Francês, um dos ministros propôs que se quebrasse um determinado tratado, já que isso teria como resultado vantagens económicas importantes para o país. Foram apresentadas muitas 'boas' razões para justificar o acto. O duque ouviu em silêncio. Depois de todos terem falado, ele ergueu-se e, colocando a mão sobre uma cópia do acordo, disse com firmeza: "Cavalheiros, nós assinámos um tratado!" E isso encerrou a questão.
Numa igreja da qual fui pastor, um casal prometeu fazer uma doacção de uma soma considerável de dinheiro - mais tarde voltaram atrás. Depois disso comprometeram-se a nunca mais fazer um voto. Desconheço o que os levou a prometer tanto dinheiro, da primeira vez. Teria sido por ostentação? Não sei. Mas sei o que a Bíblia diz acerca de mantermos a nossa palavra.
Eclesiastes 5:5 e 6 diz: "Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Não consintas que a tua boca te faça culpado nem digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertência."
O Senhor não precisa do nosso dinheiro para levar avante à Sua obra na Terra. Afinal de contas, todas as coisas vêm d'Ele; somente devolvemos o que já Lhe pertence (ver 1 Crónicas 29:14). Somos apenas mordomos - administradores das coisas que Ele nos confiou. Mas não devemos esquecer-nos de que "se requer dos despenseiros ... que cada um deles seja encontrado fiel". 1 Coríntios 4:2.
Deus deseja que sejamos fiéis. Por isso Ele solicita que levemos ao Seu tesouro um dízimo exacto e ofertas generosas (Malaquias 3:8-10). São essas as provas que damos do nosso amor e fidelidade.
Assim, quando damos (ou deixamos de dar!), examinemos os nossos motivos para proceder assim. Está o eu envolvido, sob a forma de ostentação ou de avareza? Se for esse o caso, permitamos que Deus o substitua com o Seu amor. Depois, reconhecendo que somos apenas mordomos, façamos um pacto generoso - e mantenhamos o nosso pacto com fidelidade!

domingo, 29 de abril de 2012

A VANTAGEM DA DEFICIÊNCIA

Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar as sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. I Coríntios 1:27

Há algumas décadas, o corpo docente da Universidade Harvard propôs que os candidatos à bolsa de estudos se submetessem a um exame de saúde, e os recursos fossem colocados à disposição apenas daqueles candidatos dos quais se poderia esperar um adequado retorno do investimento.
Como uma mente vigorosa em geral está associada a um corpo saudável, poder-se-ia pensar que os contemplados com a bolsa de estudos fossem aqueles que revelassem as melhores condições físicas, não é? Assim pensava a maior parte da equipa. Durante as discussões acerca da proposta, alguém sugeriu que os próprios membros do corpo docente fossem examinados para ver se uma mente vigorosa acompanhava invariavelmente um corpo forte. Foram feitos os exames médicos, e descobriu-se que a maioria dos professores tinha algum tipo de deficiência física, embora todos possuíssem um intelecto vigoroso - pelo menos não tentaram negar o facto. Fim do debate!
Com frequência, as pessoas cujos corpos são frágeis canalizam os seus esforços para a actividade mental. Veja o caso de Harriet Martineau (1802-1876), uma escritora inglesa muito popular. "Nunca", escreveu ela acerca das suas condições físicas, "foi um pobre mortal amaldiçoado com um sistema nervoso tão fraco." Além disso, ela era totalmente surda. Por isso, passou a escrever e foi autora de numerosos livros. Durante certa época, ela escreveu uma história por mês, durante 34 meses consecutivos. O cenário, em cada episódio, era uma região diferente do mundo. Isso exigiu muita pesquisa e um conhecimento especial relativo às condições daquela determinada região.
O apóstolo Paulo é outro exemplo. A descrição física que nos chega dos tempos antigos não lhe é muito lisonjeira. Com certeza, não foi nenhum Adónis. Em 2 Coríntios 12:7-9, ele fala de uma fraqueza física da qual sofria. Mesmo assim, nenhum líder da igreja primitiva foi mais activo, conquistou mais conversos ou deixou maior legado ao cristianismo do que ele.
Ouça o seu testemunho: "De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo." Está fisicamente fraco? Permita que o poder de Cristo repouse sobre si!

sábado, 28 de abril de 2012

O AMOR É VULNERÁVEL

(O amor) não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. I Coríntios 13:5 e 6.

Roberto de Vincenzo, um jogador de golfe argentino, pode não ter sido o melhor do mundo, mas um dia ele surpreendeu todos (induindo a si próprio) ao vencer um torneio. Recebeu o cheque correspondente ao primeiro lugar. Enquanto se encaminhava para o seu carro, uma jovem senhora de olhar triste aproximou-se dele.
- Foi um dia bom para si, não foi?
Vincenzo concordou, com um movimento de cabeça. Ela continuou:
- O senhor pode ajudar-me? Tenho um bebé com uma doença incurável no sangue, e os médicos dizem que ele não vai viver durante muito tempo.
Tocado por esse apelo, Vincenzo parou, pegou na caneta, endossou o cheque da vitória e colocou-o na mão da senhora.
- Proporcione alguns dias bons ao seu filho - disse ele.
O olhar de surpresa no rosto da jovem mãe foi um agradecimento suficiente. Uma semana mais tarde, Vincenzo estava a almoçar no clube do campo quando um dos executivos do campeonato de golfe se aproximou dele.
- Ouvi dizer que você entregou o cheque recebido na semana passada à mãe de um bebé doente.
Vincenzo confirmou com a cabeça.
- Bem, permita dizer-lhe uma coisa, amigo. Aquela mulher era uma impostora. Ela não tem bebé nenhum. Nem sequer é casada. Você foi enganado, meu velho.
- Quer dizer que não existe nenhum bebé a morrer sem esperança?
- Exacto! - garantiu o oficial.
- Olhe, essa foi a melhor notícia que ouvi esta semana! - exclamou o jogador de golfe.
Extraordinário!
É isso que acontece com o amor 'agape'. Nunca se alegra com os infortúnios de outras pessoas. Assim como no caso de Vincenzo, regozija-se com boas notícias. Como ele atribui bons motivos aos outros, é vulnerável, mas nunca se torna cínico.
Isso não significa que os cristãos devam ser 'capachos' ou 'otários'. Significa que, embora sejam inofensivos como as pombas, são "prudentes como as serpentes" (Mateus 10:16). Embora sejam sensatos, nunca se tornam paranóicos.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

EM BUSCA DO PERDIDO

Se você tivesse cem ovelhas e uma delas se perdesse no deserto, não deixaria as outras noventa e nove para ir à procura da perdida até a conseguir encontrar? Lucas 15:4 (A Bíblia Viva)

Quando a minha filha Marjorie e o marido, Tore, deixaram a Noruega em 1988 e vieram para a América, a filha mais nova, Mónica, tinha só três anos e meio de idade e a irmã, Elizabeth, tinha festejado o seu quinto aniversário há pouco.
Um dia, enquanto a mãe estava a trabalhar e Tore precisou de ir à cidade, fiquei em casa sozinho com as meninas. Ouvi a Mónica choramingar um pouco depois do pai ter saído, mas eu estava ocupado e não prestei muita atenção. Depois de aproximadamente meia hora, resolvi ir dar uma olhadela. Encontrei a Elizabeth no quarto dela, mas nem sinal da Mónica. Perguntei se a Elizabeth sabia onde estava a irmã. Não sabia. Procurei por todo o lado, dentro e fora de casa, mas não a encontrei. Preocupado, pedi à Elizabeth que me acompanhasse para procurar a irmã.
Descemos a rua de cascalho que vai da nossa casa à estrada principal, procurando no campo aberto de ambos os lados enquanto caminhávamos. Não havia nem rasto da menina. Nessa altura eu já estava mais do que preocupado. Quando chegámos à estrada principal, perguntei ao velho John Ronfelt, um dos nossos vizinhos agricultores, se tinha visto a Mónica. Ele deve ter lido a preocupação retratada nas linhas do meu rosto, porque perguntou: "Perdeu uma criança?" Respondi que sim.
Quase no mesmo momento em que disse isso, ouvi um choro a algumas centenas de metros atrás, e virei-me para olhar. Era a Mónica! Pode imaginar o meu alívio. A Elizabeth e eu corremos até onde ela se encontrava. Enquanto a erguia nos braços, agradeci a Deus porque ela estava bem. Perguntei-lhe porque tinha saído de casa. Entre soluços, respondeu:
- Eu queria dizer adeus ao papá!
O meu coração ficou sensibilizado e pensei: "Será que tenho tanta preocupação pelas pessoas que se encontram espiritualemnte perdidas, como tive pela minha neta que estava fisicamente perdida?"
Se todos os cristãos revelassem uma preocupação espiritual maior, será que o empenho que Deus nos pede que tenhamos em conquistar almas para Cristo não seria mais bem sucedido?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

GAFANHOTOS REPREENDIDOS

Provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra. Malaquias 3:10 e 11

Já viu gafanhotos tão grandes que representassem uma ameaça à vida? Lembro-me de ter viajado em Dakota do Sul no Verão de 1940, quando as estradas ficaram tão escorregadias com o muco viscoso dos restos esmagados desses insectos, que conduzir um carro tomou-se extremamente perigoso.
Certo dia, na Primavera de 1877, os agricultores do Estado de Minnesota concluíram que, a menos que Deus interviesse, uma praga de gafanhotos destruiria as suas plantações de trigo, lançando muitas famílias na miséria. John S. Pillsbury, governador do Estado, proclamou um jejum a ser observado no dia 26 de Abril. Apelou para que todos os homens, mulheres e crianças orassem por socorro divino. Na manhã seguinte, como se fosse para troçar das suas súplicas, o sol ergueu-se num céu sem nuvens, a temperatura subiu e os temíveis insectos começaram a nascer, saindo das cascas em números alarmantes. A onda de calor manteve-se durante três dias. Alguns temeram que Deus lhes tivesse voltado as costas.
No dia seguinte, entretanto, veio uma onda de frio do norte, a temperatura desceu rapidamente e os gafanhotos foram destruídos com mais eficácia do que se tivessem sido pulverizados com insecticida. Após a colheita, os celeiros dos agricultores transbordaram de grãos, e o dia 26 de Abril entrou para a história do Estado de Minnesota como o dia em que o Senhor cumpriu a Sua promessa de repreender o devorador.
Deus nem sempre cumpre as Suas promessas de modo tão visível como no incidente mencionado. Se Ele atendesse sempre aos nossos pedidos da maneira como nós queremos, nós servíamo-l'O por egoísmo. E Ele deseja um serviço que brote da gratidão e do apreço pelo Seu carácter amorável. Assim Ele permite que o sol e a chuva, bem como os gafanhotos, caiam sobre justos e injustos, e com frequência as Suas promessas cumprem-se sob a forma de bençãos espirituais.
Quando orar, e lhe parecer que Deus não responde exactamente do modo como acha que deveria, verifique se Ele não atendeu as suas orações através de inesperadas bençãos espirituais.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CONFIAR EM RIQUEZAS INCERTAS

Vendo, porém, Simão que, pelo facto de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito (Santo), ofereceu-lhes dinheiro, propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo. Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição. Actos 8:18-20

A tentativa de Simão, o mágico, de obter o Dom do Espírito Santo com dinheiro, deu origem ao termo 'simonia': tráfico de coisas sagradas ou espirituais; venda ilícita de coisas sagradas. Pedro não caiu na proposta de Simão, mas o ganho material parece lançar um feitiço hipnótico sobre muitas mentes.
Há muitos anos, o navio Shanunga, no trajecto entre Liverpool e Nova Iorque, colidiu com uma embarcação mais pequena, Iduna. Este, que era sueco, transportava 206 passageiros e a tripulação. O Iduna começou a submergir rapidamente. O Comandante Patten, do Shanunga, lançou de imediato os botes salva-vidas. Mas apenas 34 pessoas se salvaram. As restantes 172, incluindo o comandante, perderam-se. Uma das razões pelas quais tantos se afogaram foi que eles prenderam cintos recheados de ouro e prata na cintura, e o peso levou-os para o fundo.
Uma tragédia parecida, com uma pequena variante, ocorreu com o navio Valência. Entre os que morreram afogados no acidente, estava um tal Sr. J. B. Graham. Poucos dias antes de embarcar no navio, ele tinha vendido uma mina no Alasca por sessenta mil dólares. Parte do resultado da venda encontrava-se num saco cheio de ouro. Enquanto o navio se afundava, ele oferecia freneticamente o ouro a qualquer um que pudesse salvá-lo. Mas os seus apelos foram em vão. As coisas materiais tinham perdido o seu valor, e o saco de ouro ficou ali no convés, chutado daqui para ali por aqueles que desesperadamente procuravam salvar a própria vida.
A Bíblia fala de um tempo em que "os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro". Isaías 2:20. Quão trágico é o facto dessas pessoas se apegarem tão tenazmente à "instabilidade da riqueza" (I Timóteo 6:17), a ponto de perderem a vida temporal. Mas é muito maior a tragédia daqueles que valorizam tanto as riquezas, que perdem a vida eterna.

terça-feira, 24 de abril de 2012

VAMOS DISCUTIR O ASSUNTO

Venham, vamos discutir o assunto até ao fim! Por mais fundas e feias que sejam as manchas dos pecados que vocês cometeram, Eu posso limpar essas manchas completamente! Vocês ficarão limpos e brancos como a neve que acabou de cair. Mesmo que os seus pecados sejam vermelhos como sangue, Eu os deixarei brancos como a cal! Isaías 1:18 (A Bíblia Viva)

Quando penso na ilimitada condescendência do nosso Pai celestial em oferecer-Se para nos purificar do pecado, não consigo entender como é que alguém pode rejeitar a Sua oferta gratuita. Porque é necessário que Ele argumente connosco a fim de nos persuadir a aceitar uma proposta boa demais para ser desprezada?
David, ele próprio um pecador perdoado, descreve a bênção que recai sobre aquele que aceita o oferecimento divino. Ele exclama: "Como é feliz o homem que tem as suas desobediências perdoadas e os seus pecados cobertos! Como é feliz o homem cujos pecados Deus apagou e está livre de más intenções no coração!" Salmo 32:1 e 2 (A Bíblia Viva). Apesar disso, muitos seres humanos rejeitam o oferecimento que Deus faz do perdão e da vida eterna (ver Mateus 7:13).
Porque é que tantos procuram renome e honra entre os homens, quando Deus lhes oferece um lugar da mais elevada honra na família real do Céu (ver Apocalipse 3:21)? Porque escolhem propriedades terrenas, em lugar da "herança eterna" (Hebreus 9:15)? Porque escolhem a morte em lugar da vida (Ezequiel 33:1)? Porque insistem em conservar os trapos de imundície da sua própria rectidão quando o Rei dos reis lhes oferece o Seu próprio traje de justiça (ver Mateus 22:11 e 12)? Porque se satisfazem em viajar dentro dos limites deste planeta infeliz e doente quando, se aceitassem o Seu Dom, poderiam voar de modo incansável para os mundos distantes (O Grande Conflito, pág. 683)?
Todas estas perguntas se juntam à triste realidade de que o pecado tem confundido tanto a faculdade de raciocínio do homem, que ele não consegue pensar bem. Todos os que deixam de aceitar o oferecimento irrecusável e generoso do Céu, acabarão por confessar um dia: "Como fui tolo!"
O nosso Pai Celeste tomou todas as providências para nos erguer da nossa condição caída. O pecado enfraqueceu-nos a capacidade de raciocinar. Por isso, Ele coloca diante de nós a Sua oferta em termos que mesmo a mente mais fraca pode entender. Ele vai além. Promete a todo o que tiver falta de sabedoria: "Ele fará a Sua justiça brilhar como a luz." Salmo 37:6. Mostrará claramente a todos quem está com a razão. Porque não aceitar o oferecimento de Deus agora, neste momento?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

OS POUCOS FIÉIS

Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. Então disse o Senhor a Gideão: com estes trezentos homens que lamberam as águas eu vos livrarei, e entregarei os midianitas nas tuas mãos. Juízes 7:6 e 7

Quando eu tinha seis anos de idade, visitei pela primeira vez os meus avós maternos. Um dos seus filhos, o meu tio Carl, era engenheiro nos comboios que passavam por Huntington, Virgínia Ocidental, onde os meus avós moravam. As máquinas a vapor que puxavam os vagões naquele tempo fascinavam-me muito. Gostava especialmente de ver as máquinas serem abastecidas com a água proveniente de um enorme tanque elevado, no pátio de manobras. Os meus tios tentavam explicar-me como é que o fogo fazia a água ferver, e como a água a ferver fazia que os comboios se movessem. Eu lembrava-me das palavras deles, mas foi só vários anos mais tarde que entendi com clareza o que estavam a dizer.
Naquele tempo, em Ohio, do outro lado do rio e não distante de onde os meus avós moravam, passavam os trilhos do caminho de ferro Baltimore & Ohio. Um dos comboios da B&O, diferente daqueles em que o tio Carl trabalhava, nunca parava para se abastecer de água. Em vez disso, puxava água de uma calha de mais de quinhentos metros de comprimento, instalada ao longo dos trilhos. Essa calha era mantida cheia, e quando o comboio passava, o fogueiro pressionava uma alavanca. Então uma espécie de balde descia para tirar a água enquanto o comboio passava a grande velocidade - um pouco parecido com o episódio dos trezentos de Gideão.
Na história de Gideão, os dez mil que foram conduzidos ao ribeiro imaginavam, aparentemente, que atacariam o inimigo logo, a pouca distância do outro lado. A maioria desse grupo, ao que tudo indica, duvidava do resultado, e então ajoelhou-se nas margens da corrente de água para beber à vontade, relutando em enfrentar o inimigo. Mas os 300 não fizeram a mesma coisa. Estavam tão ansiosos por combater os midianitas, que encheram de água a concha da mão e a levaram à boca enquanto atravessavam o ribeiro.
Hoje, o Senhor dos Exércitos procura soldados com a coragem e o brio dos 300. Que você e eu, com a disposição de enfrentar as forças do mal sob a direcção de Deus, demonstremos ser dignos de pertencer ao grupo dos poucos fiéis.

domingo, 22 de abril de 2012

PAGAMENTO ADIADO

Ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo facto de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos. Lucas 14:13 e 14

Na leitura de ontem, mencionei que William Sanders, o bisavô da minha mulher serviu na cavalaria da União durante a Guerra Civil Americana. Certa ocasião, estava com um grupo de reconhecimento da cavalaria quando foram surpreendidos pelo inimigo. O oficial comandante ordenou aos seus homens que se espalhassem.
Sanders usou as esporas e disparou a galope, o mais rápido que o seu animal conseguia andar. Chegando a um portão, tentou abri-lo com o pé. O cavalo refugou, arremessou-se pela abertura e caiu de lado numa valeta, prendendo a perna de Sanders sob o peso do seu corpo e deixando-o desmaiado durante alguns momentos.
Quando ele recuperou a consciência, viu diante de si o cano da arma de um cavaleiro da Confederação. Em vez de disparar a arma contra Sanders, o rebelde perguntou-lhe se estava ferido. Sanders respondeu que não. O soldado rebelde apeou-se, ajudou Sanders a colocar o seu cavalo em pé e a montar novamente. Sanders agradeceu o gesto do seu benfeitor. Então o rebelde disse: "Agora, saia daqui o mais rápido que puder." Sanders não precisou de uma segunda ordem.
Houve outros bons samaritanos naquela guerra brutal. Durante uma das batalhas, um oficial da União foi ferido e estava caído no chão, pedindo água. Um soldado confederado foi ajudá-lo e dar-lhe um pouco de água com o risco da própria vida. Como agradecimento, o oficial tirou o seu próprio relógio de ouro e ofereceu-o ao seu benfeitor. O homem recusou-se a aceitá-lo.
- Então diga-me o seu nome e endereço - pediu o oficial.
O soldado respondeu:
- O meu nome é James Moore. Sou de Burke County, Carolina do Norte.
O oficial sobreviveu à guerra e pouco depois escreveu ao soldado da Confederação, dizendo: "Ofereci-lhe dez mil dólares, a serem pagos em quatro prestações anuais de US$ 2.500,00 cada."
Embora seja muito raro, ouve-se falar em pagamento por um acto de bondade em tempos de guerra. O cristão, entretanto, não pratica actos de bondade com a esperança de ser recompensado. Ele demonstra compaixão até mesmo para com os inimigos, porque é isso que um cristão faz. Ele receberá a sua verdadeira recompensa quando Cristo voltar.

sábado, 21 de abril de 2012

COMBATER O BOM COMBATE DA FÉ

Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, e de que fizeste a boa confissão, perante muitas testemunhas. 1 Timóteo 6:12

Philip Henry Sheridan, general-de-divisão do Exército da União durante a guerra Civil Americana, é geralmente reconhecido como o comandante da cavalaria da União com mais capacidade. O bisavô da minha mulher, Primeiro-Tenente William Sanders, lutou sob o comando de Sheridan e conta-se que uma vez salvou a vida do general. Depois da guerra, Sanders dedicou a sua vida a salvar almas para o reino de Deus.
No início de Abril de 1865, durante a Batalha de Richmond, um dos inexperientes recrutas sob o comando de Sheridan ficou separado do seu pelotão. Começou a correr daqui para ali, num esforço inútil para encontrar os seus companheiros soldados e combater junto com eles. Nessa altura, viu Sheridan cavalgar e timidamente perguntou-lhe o que deveria fazer.
- Entre em qualquer lugar - respondeu o general. - O combate está a travar-se em toda esta área.
A igreja militante combate numa guerra espiritual muito mais feroz do que qualquer conflito literal entre exércitos terrenos.
Ellen White descreve-o deste modo: "Vi em visão dois exércitos numa luta terrível. Um deles ostentava nas suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro, a bandeira ensanguentada do príncipe Emanuel." - Testemunhos Selectos, vol. 3, pág. 224.
Neste conflito cósmico, todos nós somos combatentes. "A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." Efésios 6:12.
Assim, uma parte desse conflito é travada nos domínios do invisível, mas uma outra parte ocorre no firme campo verde da realidade. Ainda resta um bom número de objectivos que a igreja militante precisa de conquistar, mas muitos dos seus soldados parecem estar a correr daqui para ali sem realizar nada - assim como aquele recruta no exército de Sheridan.
Há combates por toda a parte. Envolva-se onde quer que veja uma necessidade, e combata o bom combate da fé com toda a capacidade e disposição que tiver.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

JANELAS DA ALMA

O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre. Provérbios 22:9

O nosso rosto e especialmente os olhos revelam, muitas vezes, o que está oculto na nossa mente. Alguns chamam aos olhos as 'janelas da alma'. O episódio seguinte pode ser fictício, mas ilustra isso.
Um agricultor em situação financeira difícil foi obrigado a solicitar um empréstimo bancário. Apresentou o seu pedido ao gerente do banco local, um homem considerado mesquinho e cínico. O gerente, que tinha dois olhos perfeitamente sãos, disse com sarcasmo:
- Eu concedo-lhe o empréstimo se o senhor me disser qual dos meus olhos é um olho de vidro.
Depois de examinar cuidadosamente o olhar do executivo, o agricultor respondeu:
- É o seu olho esquerdo, senhor.
- Errado! - exultou o gerente. - Porque é que disse que era o olho esquerdo?
- Porque ele parecia ter um brilho de bondade que o direito não tinha - respondeu com amargura o agricultor.
Certo dia, um grupo de amigos saiu para cavalgar. Depois de algum tempo, chegaram a um riacho que transbordava. Nas margens, estava sentado um pobre homem que parecia desconsolado; não tinha condições para atravessar o regato. Enquanto os cavaleiros passavam, o homem examinou o seu rosto mas não disse nada. Quando o último cavaleiro estava para entrar na água, o solitário homem perguntou-lhe se fazia o favor de o levar para o outro lado. O cavaleiro não apenas concordou imediatamente, mas também ajudou o homem a montar no cavalo.
Quando chegaram ao lado de lá, um dos cavaleiros levou o homem à parte e em voz baixa repreendeu-o por ter pedido ao Presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, que o transportasse para a outra margem, pois podia ter feito o pedido a qualquer um dos outros homens. A explicação dele é esclarecedora: "Em alguns semblantes, está escrito claramente 'Não' a um pedido que se pretende fazer, enquanto há outros rostos em que está escrito um 'Sim'.
Se hoje alguém lhe pedisse um favor razoável e você tivesse condições para o fazer, que tipo de resposta essa pessoa veria escrita no seu rosto?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

UM ATEU CONFUSO

Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Salmo 14:1

Charles Bradlaugh, famoso ateu inglês, desafiou certa vez Hugh Price Hughes, ministro evangélico num bairro da lata de Londres, para um debate sobre a validade do cristianismo. Hughes aceitou, com a seguinte condição:
"Proponho que cada um de nós debata alguma evidência concreta da validade das nossas crenças, na forma de homens e mulheres que tenham sido redimidos de uma vida de pecado e vergonha, pela influência dos nossos ensinos. Eu levarei uma centena de homens e mulheres, e o senhor deverá levar o mesmo número. Se não puder levar cem, leve cinquenta. Se não conseguir levar cinquenta, leve só vinte. Se não encontrar vinte, ficarei satisfeito com dez. Para falar a verdade, Sr. Braudlaugh, eu desafio-o a levar apenas um."
Bradlaugh, incapaz de cumprir a condição, desistiu do debate.
A evidência mais indiscutível da validade do cristianismo não se encontra na filosofia nem na psicologia nem nas drogas, mas no poder do Evangelho para transformar vidas. O apóstolo Paulo fala dessa transformação como "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê". Romanos 1:16.
Há tempos atrás, um alcoólatra de uma zona de marginais de Chicago encaminhou-se cambaleando para o Lago Michigan para acabar com a vida. Ao passar pela Missão Jardim do Pacífico, aos tropeções, alguém o viu e ajudou-o a entrar no salão de reuniões. Ali mesmo ele caiu no chão e adormeceu.
Os obreiros da Missão trataram dele e deitaram-no numa cama. No dia seguinte, o director da Missão falou-lhe acerca do poder de Deus, que podia transformar a sua vida. O pária, Harry Monroe, aceitou esse poder e transformou-se de um ébrio vagabundo num cidadão sóbrio. Mais tarde, tornou-se o director da própria Missão onde se convertera.
O mesmo poder transformador está à nossa disposição hoje. Aceitemo-lo na nossa vida. A mudança que ele ocasiona é um argumento que nenhum descrente pode contradizer.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

LUZ QUE GUIA

Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações. 2 Pedro 1:19

Numa noite negra e tempestuosa durante a Segunda Guerra Mundial, seis pilotos americanos, que voltavam de uma missão de combate no sudoeste do Pacífico, perderam-se a uns 350 quilómetros da sua base. Por causa do perigo dos inimigos descobrirem o seu campo de aviação, eles não tinham uma onda de rádio que pudessem usar para o contacto com a base. Já estavam, na realidade, aproximando-se do seu campo de aterragem, e os amigos em terra ouviam-nos quebrar o silêncio no rádio e conversar um com o outro, tentando um lugar para aterrar. A conversa foi mais ou menos nestes termos:
- Jim, sabes onde estamos?
- Não, mas já deveríamos estar a chegar.
- Quanto combustível ainda temos?
- Quase no fim...
Os homens em terra sabiam que os pilotos estavam mais perto de casa do que imaginavam. E, naturalmente, podiam também sentir a tensão crescendo devido ao combustível que estava a acabar nos aviões. Finalmente acenderam as luzes da pista. Imediatamente ouviram pelo rádio os pilotos exclamarem, quase em uníssono: "Vejo uma luz! Estou a ver uma luz! Estamos bem, graças a Deus!" Minutos mais tarde, pousaram os seus aviões em segurança.
Pedro, que escreveu o nosso versículo para meditação, testemunhou a transfiguração de Cristo (ver Mateus 17:2; 2 Pedro 1:17 e 18). Para ele, isso foi uma evidência incontestável da divindade de Cristo.
Mas você e eu não estivemos lá. Para nós, não há uma evidência coercitiva. Contudo a profecia - que inclui a inspiração da Bíblia bem como as suas predições - é uma evidência muito mais indiscutível do que o facto de ter sido testemunha ocular da transfiguração.
Mas como? Pelo facto de podermos testemunhar a mudança que a Bíblia realiza na nossa vida, podemos também ver o cumprimento da profecia bíblica diante dos nossos olhos, todos os dias.
A profecia, a capacidade que Deus tem de predizer o futuro, é a prova definitiva da confiabilidade da Sua Palavra. Em Isaías 46:9 e 10, Ele declara inequivocamente: "Eu sou Deus e não há outro semelhante a Mim; que desde o princípio anuncio o que há-de acontecer."
Sim, a Bíblia, a Palavra profética de Deus, é uma luz que serve de guia confiável. Que os seus raios nos guiem até ao fim!

terça-feira, 17 de abril de 2012

OS LEÕES NÃO SÃO DOMESTICÁVEIS

(Os inimigos) andam agora cercando os nossos passos, e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra. Parecem-se com o leão, ávido pela sua presa, ou o leãozinho que espreita de emboscada. Salmo 17:11 e 12

O Salmo 17 é uma 'oração de David' pedindo que Deus o livre dos seus inimigos físicos, a quem ele compara com leões. Como ele aprendeu mais tarde, esses adversários não eram traiçoeiros como os 'leões' que atacaram a sua vida espiritual e quase a destruíram.
Os domadores de leões dizem que não é possível 'domesticar um leão'. Um filhote de leão criado como animal doméstico pode comer na sua mão, pode parecer que está sob controlo, pode até deixar que lhe ponha a mão na boca, mas se ele se encontrar em determinadas circunstâncias, vai voltar-se contra si quando você menos espera e vai fazê-lo em pedacinhos.
O Barão Richard d' Arcy, aristocrata francês, criou em casa um leão como animal de estimação desde filhote. À noite, trancava-o num quarto de banho. Numa noite de 1977, quando conduziu o animal aos seus 'aposentos', ele não quis entrar. O Barão forçou-o. De repente, o leão voltou-se contra ele e numa questão de segundos matou-o com as suas garras. Chamaram a polícia. Quando chegou, a polícia não teve outra escolha senão atirar no animal para o matar. Embora tivesse aparentado docilidade durante muito tempo, o leão revelou a sua verdadeira natureza quando menos se esperava.
Os pecados acariciados são como leões indomáveis. Esses pecados originam-se com um pensamento pecaminoso e a menos que este seja "levado cativo ...à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5), mais cedo ou mais tarde vai voltar-se contra nós e destruir-nos.
Robert J. Spangler escreveu na revista Ministry a experiência de um pastor amigo a quem ele visitou. Durante a conversa, o pastor contou que a sua secretária tinha tomado liberdades impróprias. O Pastor Spangler implorou que o colega se afastasse daquela mulher, mas ele riu e disse que podia muito bem controlar a situação. Não demorou muito para que aquele homem entregasse as suas credenciais por ter transgredido o sétimo mandamento.
Quando pensamentos pecaminosos procurarem insinuar-se na sua mente, clame de todo o coração: "Levanta-te, Senhor, defronta-os, arrasa-os." Salmo 17:13. Deus fará a Sua parte se nós fizermos a nossa.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CÂNTICOS DURANTE A NOITE

Onde está Deus que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite, que nos ensina mais do que aos animais da terra, e nos faz mais sábios do que as aves dos céus? Job 35:10 e 11

Lembro-me de que no Nordeste do Brasil, onde morei quando criança, a minha mãe nos acordou, aos pequenos, e nos levou para o quintal certa noite, a fim de ouvirmos o cântico de uma espécie de ave que canta à noite. Não sei se este pássaro canta também à luz do dia.
O tordo-dos-remédios canta à noite, bem como durante o dia. Talvez já o tenha ouvido. Em Idaho, onde moro, de vez em quando ouço-o cantar durante as horas nocturnas. Dizem que nenhum outro pássaro consegue imitar a sua 'habilidade operística ou lírica', embora alguns pareçam tentar. Através dessa divertida mímica, ele não só imita os cânticos de outros pássaros, como também imita música instrumental - e ainda procura aperfeiçoar-se na técnica. Mas o tordo-dos-remédios é mais do que um imitador; ele também cria. De vez em quando, compõe as suas próprias apresentações com originalidade. Ouvido numa noite de luar, o seu cântico é cheio de trinados, vibratos, crescendos e diminuendos - uma melodia pura e fluente que encanta os ouvintes.
Certas ocasiões, todos nós passamos por noites de desânimo, e é então que "as aves dos céus" nos podem ensinar lições importantes. Em vez de ceder à tristeza, ergamos a nossa voz em cânticos de louvor a Deus. No versículo da nossa meditação, faz-se uma pergunta: "Onde está o Deus que me fez, que me inspirou canções de louvor durante a noite?" E a resposta encorajadora é: "Não está longe de cada um de nós." Actos 17:27. Quão precioso, portanto, é o pensamento de que o próprio Deus nos inspira esses cânticos.
Paulo e Silas aprenderam essa lição. Diz o relato que, à meia-noite, depois de terem sido brutalmente açoitados e fechados na prisão, eles "cantavam hinos a Deus, e os outros presos escutavam". Actos 16:23-25.
Quando é meia-noite para a alma, quando o futuro parece negro, não é fácil cantar vibrantes hinos de louvor a Deus. Mas esses cânticos têm um poder inegável para animar o nosso espírito. Assim, quando se sentir abatido, cante, apesar dos seus sentimentos. Isso vai alterar completamente as suas emoções e varrer as nuvens do desânimo. Tente!

domingo, 15 de abril de 2012

"POSSO MORRER MELHOR"

Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se amine a morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para connosco, pelo facto de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:7 e 8

A sobrevivência é a primeira lei da Natureza; normalmente, uma pessoa daria tudo ou faria qualquer coisa para preservar a própria vida. Existem, contudo, exemplos de pessoas que realmente deram a vida por outros.
Quando o Empress of Ireland se afundou com 130 oficiais do Exército da Salvação a bordo, 109 corpos foram recuperados - e nenhum deles com o colete salva-vidas. Muitos dos passageiros sobreviventes contaram que, quando os salvadores descobriram que não havia coletes suficientes para todos, aqueles que já tinham vestido o colete, tiraram-no e colocaram-no noutros passageiros, dizendo: "Eu posso morrer melhor do que tu".
Em Julho de 1942, o Sargento Franciszek Gajowniczek foi seleccionado para a execução dos guardas nazis no campo de extermínio de Auschwitz. Enquanto o sargento implorava pela sua vida, um padre franciscano, Maximillian Kolbe, deu um passo em frente e ofereceu-se como voluntário para morrer no lugar dele. Esse acto deve ter exigido muita coragem. Daí a pouco tempo, Kolbe morreu de inanição, provocada por uma dose de ácido fénico que lhe foi ministrada pelos seus captores.
Bem, não é com muita frequência que Deus inspira uma pessoa a literalmente entregar a vida por outra. Mas Ele apresenta-nos um desafio semelhante no reino espiritual. Lemos em I João 3:15-18: "Qualquer um que odeia seu irmão em Cristo já é, na realidade, um assassino no coração; e vocês sabem que ninguém que deseja matar tem a vida eterna dentro de si. Nós sabemos o que é o amor verdadeiro pelo exemplo de Cristo, ao morrer por nós. E portanto nós devemos sacrificar as nossas vidas pelos nossos irmãos em Cristo. Mas se alguém que se considerar cristão, possui dinheiro suficiente para viver bem, e vendo um irmão em necessidade não o ajudar - como é que o amor de Deus pode estar nele? Filhinhos, deixemos de dizer apenas que amamos as pessoas; vamos amá-las realmente e mostrar isto pelas nossas acções" (A Bíblia Viva).

sábado, 14 de abril de 2012

O PRÓDIGO VOLTOU

Eu vou para casa, junto do meu Pai, e lhe direi: "Pai: eu pequei tanto contra o Céu como contra o senhor. E já não mereço ser chamado seu filho." S. Lucas 15:18 e 19 (A Bíblia Viva)

Provavelmente, já cantou o hino Manancial de Toda a Benção muitas vezes mas sabe quem o compôs? Não são muitas as pessoas que sabem. Esse hino escrito em 1758, por Robert Robinson retrata o espírito de alguém que ama Deus, mas estava a lutar contra a própria natureza carnal. Isso torna-se evidente quando prestamos atenção à letra, que diz entre outras coisas: "Eu perdido longe, longe, já sem luz"; "Eis minh'alma vacilante".
Conta-se que, mais tarde, Robinson perdeu-se na vida espiritual e decidiu viajar, esperando encontrar alegria nos prazeres mundanos. Um dia, enquanto viajava numa diligência, encantou-se aparentemente com uma jovem e puxou conversa. Ela era cristã, e quando soube o nome dele, lembrou-se de que era o mesmo do autor do hino. Enquanto conversavam, ela estendeu-lhe o hinário aberto na página daquele hino, e perguntou-lhe o que achava da letra. Ele ficou confuso ao ver que era a sua própria composição. Tentou desviar o assunto, mas ela insistiu com simpatia.
Sem mais nem menos, ele começou a chorar e contou: "Eu escrevi esse hino há muitos anos. Daria tudo para experimentar outra vez essa mesma alegria. A jovem garantiu-lhe que o 'manancial' de que ele falara no hino ainda fluía em abundância, e apelou para que ele voltasse para Deus.
A história tem um final feliz. Naquele momento e naquele lugar, Robinson reconsagrou a Deus a sua vida e mais uma vez experimentou a paz que já tinha conhecido.
Ama o Senhor, mas acha que tem a tendência para se afastar desse Deus que ama? Quem, neste mundo de pecado, não sentiu já isso? A maioria das pessoas já sentiu. Qual é a solução? Dedicação frequente e cada vez mais profunda a Deus.
Acha que há um tempo melhor para renovar e aprofundar a sua entrega que agora mesmo? Ao fazê-lo, você sentir-se-á mais perto de Deus e menos inclinado a afastar-se d'Ele.

Pode conhecer este belo hino em Links 5M

sexta-feira, 13 de abril de 2012

OS MORTOS VIVERÃO OUTRA VEZ

Mas temos a certeza: os que pertencem a Deus voltarão a viver. Os seus corpos serão ressuscitados! Os que já foram enterrados vão despertar e cantar de alegria. A luz da vida vai cair sobre eles, como o orvalho, orvalho mandado por Deus. Isaías 26:19 (A Bíblia Viva)

Há alguns anos, o corpo de um homem pré-histórico foi descoberto junto ao desfiladeiro de Hauslab, nos Alpes tiroleses, na fronteira entre a Itália e a Áustria. No dia 19 de Setembro de 1991, Helmut e Erika Simon, um casal de alemães, caminhava ao longo do glaciar de Similaun quando Erika repentinamente parou e gritou: "Está ali uma coisa na neve! É um homem!" O 'homem' tinha estranhas marcas tatuadas nas costas. Helmut parou e tirou algumas fotografias para relatar a descoberta.
Dois dias mais tarde, Rheinhold Messner, tendo ouvido falar acerca do achado, resolveu fazer a sua própria investigação. Quando viu o cadáver, percebeu que era uma descoberta arqueológica de grande importância.
Vários dias depois disso, Rainer Henn, especialista em Medicina Legal da Universidade de Innsbruck, Áustria, levou consigo uma equipa para remover o cadáver. Depois de acomodá-lo cuidadosamente no gelo, levou-o para Innsbruck de helicóptero, juntamente com alguns artefactos encontrados perto do corpo - um machado de bronze, um arco, um sapato de palha, uma bolsa com 14 flechas, etc.
Os cientistas calcularam a época em que o homem teria vivido e concluíram que seria por volta de 2000 a.C., ou seja, mais ou menos nos tempos de Abraão. Esperam descobrir, a partir dos restos mortais e dos artefactos encontrados perto do local, como o homem morreu, que tipo de alimento comia e qual a constituição genética do povo que habitava na Europa naquele tempo.
É curioso o facto de um glaciar ter mantido esse segredo até aos nossos dias. Pode isso ser significativo? Creio que pode. Mas, significativo ou não, está a chegar o tempo em que não só os glaciares, mas a terra e o mar entregarão "os mortos que neles havia". Apocalipse 20:13.
Desperta-se a nossa curiosidade. Quando esse tempo chegar, será que o homem pré-histórico do desfiladeiro de Hauslab estará entre os redimidos de que fala Isaías, ou entre os perdidos? Não podemos saber. Mas você e eu podemos escolher o grupo ao qual pertenceremos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

NÃO TE ALEGRES SE O TEU INIMIGO FALHAR

Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso, e Lhe desagrade. Provérbios 24:17 e 18

Embora a América se tenha envolvido em grandes guerras, não houve nenhuma mais sangrenta do que a Guerra Civil, na qual quase meio milhão de homens perderam a vida. Abraão Lincoln era o presidente dos Estados Unidos da América e Jefferson Davis, o chefe dos Estados Confederados durante aquele pavoroso banho de sangue.
Depois das forças do Norte terem capturado Richmond, a capital da Confederação, Lincoln ordenou que não houvesse 'entrada triunfal' na cidade. Alguns dias mais tarde, ele foi a Richmond com um pequeno grupo de acompanhantes e encaminhou-se ao escritório vazio de Davis. Pedindo aos dois oficiais que o acompanhavam que se retirassem, ele ficou sozinho na sala. Pouco depois, um dos oficiais ficou furioso e espiou para ver o que Lincoln estava a fazer. Nunca esqueceu o que viu. Lincoln estava sentado, a cabeça inclinada sobre a escrivaninha de Davis, o rosto enterrado nas mãos, enquanto lágrimas lhe corriam pela face.
Era isso que acontecia com aquele grande homem. Embora permanecesse firme como um rochedo no posto de comandante-chefe das forças armadas da União, não sentia prazer na derrota dos seus inimigos. O mundo seria um lugar melhor se houvesse mais pessoas como ele.
No discurso que fez ao assumir o seu segundo mandato, discurso proferido apenas alguns dias antes de ser assassinado, Lincoln apelou: "Sem maldade para com quem quer que seja; com caridade para com todos; com firmeza pelo direito, segundo a visão que Deus nos der do que é correcto, esforcemo-nos por concluir a obra na qual estamos empenhados - pensar as feridas da Nação." Se ele tivesse continuado vivo, é bem provável que a rivalidade entre o Norte e o Sul não se tivesse prolongado por tanto tempo e com tanta ferocidade, como aconteceu.
Nós podemos aprender muito da magnanimidade de Lincoln para com os seus inimigos. Você, por acaso, já lutou diligentemente pela fé que uma vez foi entregue aos santos (ver Judas 3) - e venceu - só para permitir que a sua pecaminosa natureza humana reassumisse o comando, e o levasse a regozijar-se com a derrota do seu oponente? Se já conquistámos alguma vitória em nome da fé, sejamos magnânimos e lembremo-nos de que a glória pertence a Deus, e não a nós.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A MENINA CATIVA

Disse ela à sua senhora: Oxalá o meu Senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. 2 Reis 5:3

Nós não sabemos o seu nome, desconhecemos a sua idade, mas sabemos que era uma menina judia, talvez ainda criança, pois o escritor de 2 Reis 5 fala dela como sendo 'menina' (verso 2). Ela pode muito bem ter sido filha de um dos chamados 'discípulos dos profetas' (ver 2 Reis 2:3; 4:1), porque cria no Deus verdadeiro, ao contrário de muitos dos seus compatriotas daquela época.
Também sabemos que ela foi sequestrada por um bando de soldados sírios saqueadores e levada para uma terra estranha, e também que era escrava da esposa de Naamã, um dos grandes generais da Síria.
Apesar de ter sido tirada à força do seu país, ela possuía dentro de si uma coisa que ninguém poderia remover - a fé no Deus verdadeiro. Por causa da sua fé, ela pôde enfrentar a situação da melhor maneira possível e até chegar a gostar das pessoas que a tinham privado das coisas terrenas que mais amava. Aí estava uma cristã, muito antes de Cristo nascer.
Depois de contar sobre a grandeza de Naamã, o escritor da narrativa acrescenta uma frase terrível: "porém leproso" (verso 1). Naqueles dias, não havia cura para essa doença terrível, mas a menina cativa cria que Jeová, por intermédio do Seu profeta Eliseu, podia curar Naamã. E isso apesar do facto de que havia "muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu ... nenhum deles ... purificado". Lucas 4:27.
Com a sua corajosa fé e boa vontade, essa criada cativa enriqueceu o lar onde vivia. Enriqueceu o povo da Síria. Mais importante do que tudo, porém, ela enriqueceu todos os que viveram a partir do seu tempo e leram essa história, incluindo você e eu.
Que nunca passemos pela experiência do cativeiro numa terra estranha como essa menina; mas nenhum de nós está imune a uma repentina mudança. Eu, por exemplo, nunca tinha sonhado ser um dia prisioneiro na Segunda Guerra Mundial, mas fui. Assim, aconteça o que acontecer, podemos agradecer a Deus o exemplo maravilhoso da pequena cativa.

terça-feira, 10 de abril de 2012

LEALDADE APESAR DA PERDA

Disse Mefibosete ao rei: fique ele (Ziba) ...com tudo, pois já voltou o rei, meu senhor, em paz à sua casa. II Samuel 19:30

A história de Mefibosete é um dos mais belos exemplos de lealdade, apesar da perda, encontrados na Bíblia. Aleijado aos 5 anos de idade, quando a sua ama o deixou cair ao chão após a catastrófica derrota no Monte Gilboa, ele não só perdeu o movimento das suas pernas, como também perdeu o seu pai, Jónatas, os seus tios e o avô Saul. Uma nova dinastia assumira o poder, e Mefibosete cresceu temendo que David o matasse.
Mefibosete tinha boas razões para temer. Era costume, naquele tempo, que o novo rei executasse todos os seus rivais em potencial, e Mefibosete, um possível pretendente, poderia significar uma ameaça ao trono. Entretanto, devido à amizade com Jónatas, David não só poupou a vida de Mefibosete, mas também lhe restituiu a propriedade do seu pai e convidou-o a morar em Jerusalém como hóspede permanente da família real.
Tudo corria bem, até que Absalão, filho de David, se rebelou contra o pai e forçou-o a fugir de Jerusalém. Na sua condição de deficiente, Mefibosete não pôde acompanhar o seu benfeitor. Mais tarde, quando David regressou, depois de ter sufocado a rebelião do filho, deixou de levar em conta a situação de Mefibosete e acusou-o de deslealdade. Então, com uma estranha prepotência, David deserdou Mefibosete do seu património e deu-o a Ziba, o homem que tinha levantado o falso testemunho contra ele.
Em lugar de ficar revoltado e colocar-se contra David, Mefibosete disse: "Deixe que Ziba fique com tudo. O importante é que o rei, meu senhor, tenha voltado em paz". Mefibosete não só aceitou a sua perda com bom espírito, mas permaneceu leal ao rei. Para ele, a perda de coisas materiais não tinha nada a ver com lealdade.
Deus não é arbitrário, mas às vezes permite que percamos as nossas posses materiais para nosso eterno bem. Quando isso acontece, alguns cristãos professos voltam-se contra o seu Benfeitor celestial. Um verdadeiro cristão, contudo, permanece leal a Deus, mesmo que isso signifique a perda de 'todas as coisas' (ver Filipenses 3:8).

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ILEGITIMIDADE

Jefté era valente guerreiro ... mas a mãe dele era prostituta. O pai dele ...tinha vários outros filhos, da legítima esposa. Quando estes cresceram, expulsaram Jefté e disseram: "Você é filho doutra mulher, e não há-de ser herdeiro em nossa casa! Juízes 11:1 e 2 (A Bíblia Viva)

Por alguma razão perversa, os seres humanos tendem a considerar ilegítima, não tanto a relação dos pais de uma criança 'mal-concebida', mas a própria criança. Foi isso o que aconteceu com Jefté.
Há alguns anos, li um livro escrito por Sidney Stewart, Give Us This Day (Dá-nos Este Dia), no qual ele conta as durezas pelas quais ele e um grupo de soldados passaram durante a batalha de Bataan e em vários campos para prisioneiros de guerra.
Numa passagem comovente, ele conta como, certa noite, ele e o seu amigo Rass ouviram um soldado ferido que gemia, a uns oito metros do esconderijo deles. Arriscando a vida, os dois foram-se arrastando pelo chão e puxaram o homem até ao seu abrigo. O soldado parecia mais um miúdo do que um homem, e era óbvio que estava mortalmente ferido.
- Tenho tanto medo de morrer! - disse ele. - Não sei o que acontece depois da morte.
- Rapaz - disse Rass ternamente - não aprendeste nada sobre Deus e o Céu?
- Não sei nada sobre Deus - gemeu o jovem, olhando com os olhos bem abertos e assustados. - Nunca fui à igreja em toda a minha vida. Nunca tive um pai. Só eu e a minha mãe.
Rass, um cristão, segurou a mão do rapaz e contou-lhe a história da salvação. Quando concluiu, a manhã despontava e Stewart pôde ver mais claramente o rosto do jovem. Este não tirava os olhos de Rass. Stewart estudou o rosto dele. Sorria levemente agora, como se alguém lhe tivesse mostrado algo importante pela primeira vez.
- Já não estou com medo - disse ele por fim. E fechou os olhos. A sua cabeça caiu para um lado. Morreu.
Quão gratos podemos sentir-nos porque a salvação e aquilo que fizermos de nós mesmos não dependem de sermos 'legítimos'. Deus aceita-nos exactamente como somos. Não precisamos de responder pelos erros dos nossos pais (ver Ezequiel 18:4). Mas como seria mais fácil a vida de alguns infelizes, se lhes mostrássemos mais aceitação e compreensão!

domingo, 8 de abril de 2012

RESGATADOS PELO SANGUE

Foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda a tribo, língua, povo e nação. Apocalipse 5:9

Há alguns séculos, quando a costa norte da África era conhecida pela pirataria (antes que a Marinha dos Estados Unidos começasse a colaborar com as marinhas da Grã-Bretanha e da Holanda para colocar os piratas fora de acção), o caixa de um mercador de Liverpool recebeu uma nota do Banco da Inglaterra e segurou-a contra a luz para comprovar a sua autenticidade. Era verdadeira, sim. Mas enquanto ele olhava a nota, a sua curiosidade foi despertada porque viu uns traços de cor acastanhada na frente da nota e nas suas margens, que pareciam letras escritas à mão. Examinando aqueles traços com uma lente de aumento, conseguiu ler a seguinte mensagem: "Se esta nota cair nas mãos de John Dean, de Longhillmar, ele ficará a saber que o seu irmão está a definhar numa prisão da Argélia."
Imediatamente começaram a procurar o Sr. Dean, de Longhillmar, no País de Gales. Quando o encontraram e lhe mostraram a nota, ele imediatamente tratou de arranjar dinheiro para obter a liberdade do seu irmão. Convocou, ao mesmo tempo, os bons préstimos do governo britânico.
Quando o infeliz homem foi libertado, ele contou que tinha estado na prisão durante xxxlongos anos. Quando foi preso, escreveu logo a mensagem na nota com o seu próprio sangue, tirado de um corte que fizera na mão com um instrumento afiado. Depois, usando uma lasquinha de madeira como pena, molhou-a no seu sangue e escreveu a frase na esperança de que alguém, algum dia, pudesse percebê-la e entrar em contacto com o seu irmão.
Do mesmo modo como o homem na prisão argelina era totalmente incapaz de se resgatar a si mesmo no sentido físico, assim nós, no sentido espiritual, somos incapazes de resgatar-nos da cadeia do pecado. Como diz o salmista: "Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)." Salmo 49:7 e 8.
A única maneira pela qual alguém pode ser redimido da sua difícil situação pecaminosa, é pelo sangue do nosso Irmão mais velho. Esse sangue é poderoso para resgatar homens e mulheres de toda a tribo e língua e povo e nação - e isso inclui-o a si e a mim, graças a Deus!

sábado, 7 de abril de 2012

SALVAÇÃO SÓ EM CRISTO

Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. I Coríntios 3:11

Numa tarde de 1965, Daniel Waswa, um cristão do Quénia, subiu penosamente uma colina perto da sua casa e foi crucificado pela sua própria esposa. Ela fê-lo mediante as instruções dele, passo a passo. Enquanto estava lá, pendurado no instrumento de tortura auto-imposta, Daniel disse à multidão que se reunira: "Estou a morrer pelos pecados de todos os quenianos."
Depois de pregar o marido à cruz, a esposa desmaiou e morreu, aparentemente de choque.
Os vizinhos de Waswa sabiam que ser crucificado não era uma decisão impulsiva da parte dele. Durante anos Daniel tinha falado em morrer por crucifixão, alegando ter sido especialmente chamado por Deus para esse fim.
Depois de Waswa estar pendurado durante várias horas, os seus vizinhos, imploraram-lhe que os deixasse retirá-lo. A princípio ele recusou-se, mas depois de algum tempo cedeu e foi retirado ainda vivo. Apesar disso, morreu pouco tempo depois da tortura, por causa da infecção das feridas produzidas pelos cravos.
É difícil entender como um cristão pode conceber que imolar-se a si próprio vai salvar alguém. Talvez tenha tirado a ideia de uma interpretação errada de Gálatas 2:20. Nesse caso, quão trágico foi o facto de ele não ter entendido melhor a Bíblia! As Escrituras dizem claramente que "não há salvação em nenhum outro" e que "abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos". Actos 4:12. Além disso, Hebreus 10:10 declara que "Cristo fez o Seu sacrifício uma vez só, e para sempre" (versão inglesa New Century). Por conseguinte, por mais sincero que o nosso amigo tenha sido, o seu sacrifício não foi capaz de providenciar salvação para ninguém, nem para ele mesmo.
Só o sacrifício do Criador seria suficiente para atender às exigências da justiça e oferecer salvação aos seres por Ele criados. Esse é o "único fundamento" da religião cristã. Quão gratos podemos ser porque Deus nos amou de tal maneira, que fez esse sacrifício por nós na Pessoa do Seu Filho!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A CRUCIFICAÇÃO DO EU

Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Gálatas 2:19 e 20

Eu já tinha ouvido falar acerca dos flagelantes das Filipinas muito tempo antes de os ver. Mas na Sexta-feira, 29 de Março de 1991, vi um desses penitentes quando assistia a uma reunião de ex-internados de Luzon. Foi patético ver aqueles homens retalharem as suas próprias costas com manguais até o sangue correr. Outros, em estágios mais avançados de penitência, caminhavam penosamente ao lado da estrada, carregando pesadas cruzes para simular a via dolorosa de Cristo ao Gólgota.
Esses penitentes eram inquestionavelmente sinceros no que faziam. Entretanto, em Isaías 1:12, o Senhor pergunta enfaticamente: "Quando vocês vêm até à Minha presença, quem foi que pediu todo esse corre-corre nos pátios do Meu Templo?" (A Bíblia na Linguagem de Hoje) É Deus que o requer? É isso o que Ele pede que façamos para obter o Seu favor? Mil vezes não! Aquilo que Deus pede está claramente registado em Miqueias 6:8, onde o profeta pergunta: "O que é que o Senhor pede de ti?" E responde: "que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus."
Nós, seres humanos pecadores, temos um problema que é a nossa tendência de sermos injustamente misericordiosos ou então justos sem misericórdia. Isso é verdade tanto ao tratarmos os nossos semelhantes como no modo de nos tratarmos a nós mesmos.
Conhece alguém que, falando figurativamente, ainda se esteja a castigar a si próprio por algo de errado que tenha cometido há muito tempo atrás? Por outro lado, conhece alguém que tenha feito algo muito errado, mas que seja muito misericordioso consigo mesmo?
Uma coisa é certa: a solução não é autoflagelar-se, nem ser complacente demais. Há certas coisas para as quais não existe reparação - um assassínio, por exemplo. Nesses casos, tudo o que podemos fazer é colocar a questão nas mãos de Deus, buscar o Seu perdão e permitir que Ele nos guie ao fazermos a reparação daquilo que é possível. Esse princípio aplica-se a todos os pecados cometidos contra o nosso próximo . É somente quando caminhamos humildemente com o nosso Deus que Ele nos pode revelar o que fazer para corrigir as coisas, além de como e quando fazê-lo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

CICATRIZES NAS MÃOS

Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das Minhas mãos te gravei. Isaías 49:15 e 16

Há muitos anos, William Dixon, de Brackenwaithe, Inglaterra, perdeu a esposa e o filho único. Certo dia, ao passar pela casa de um vizinho, notou que havia fogo. Juntou-se uma multidão. Alguns amigos conseguiram tirar a avó velhinha, mas o seu netinho órfão ficou preso num quarto do segundo andar. Arriscando a própria vida, Dixon subiu por um cano de ferro ao lado da casa. Agarrou o menino e trouxe-o para baixo em segurança, mas as suas mãos sofreram queimaduras graves.
Algum tempo depois do incêndio, aquela avó morreu e a Câmara Municipal reuniu-se para decidir o que fazer com o menino. Três pessoas, uma das quais um pai que tinha perdido o filho, compareceram perante a Câmara, oferecendo-se para adoptar o órfão. Depois de os dois primeiros pretendentes terem dado as suas razões para ficarem com a criança, apresentou-se Dixon. Demasiado emocionado para poder falar, ele simplesmente ergueu as mãos cheias de cicatrizes. A decisão, por votos, foi de lhe entregar a ele o menino.
Estranho ou surpreendente? Não. Certamente os dois primeiros pretendentes tinham boas razões e os melhores motivos para quererem adoptar o menino, mas Dixon apresentava algo que os outros não tinham. Ele tinha pago o preço.
No mundo futuro, haverá sem dúvida muitas pessoas que na Terra viveram segundo toda a luz que possuíam, mas que nunca chegaram a saber o preço que Jesus pagou pela sua redenção. Zacarias diz que naquele dia muitos perguntarão: "Que feridas são essas nos Teus braços? Responderá Ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos Meus amigos." Zacarias 13:6.
Os seus pecados e os meus pecados feriram o Salvador, mas apesar disso Ele escreveu os nossos nomes naquelas mãos cujas cicatrizes revelam ferimentos de cravos. Mas isso não é tudo. Ele assegura-nos que ninguém nos arrebatará da Sua mão (ver João 10:28). As Suas mãos são poderosas. "Raios brilham da Sua mão; e ali está velado o Seu poder." Diz Habacuque 3:4.
Graças a Deus porque aquelas mãos são poderosas e porque nelas está gravado o nosso nome!

O DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação! É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. 2 Coríntios 1:3 e 4

Durante uma série de reuniões evangelísticas realizadas no Estado de Nebraska, Estados Unidos, um famoso pregador chamado G. Campbell Morgan, procurava o Comandante Booth-Tuckert, do Exército da Salvação. Este tinha perdido a esposa há pouco tempo. Confessou a Morgan que não conseguia entender porque Deus tinha permitido a morte da sua mulher, mas continuou:
- Não sabe que a cruz só pode ser pregada pela tragédia? - E relatou a Morgan o seguinte incidente.
- Quando a minha mulher e eu estávamos em Chicago, procurámos levar a Cristo um homem que tinha perdido a esposa recentemente. Estava a ser muito difícil. A certa altura o homem disse: "Está certo o senhor falar dessa maneira. Mas eu perdi a fé em Deus quando a minha mulher me foi tirada. O senhor fala da minha perda como uma providência divina, mas se essa bela senhora ao seu lado lhe fosse também tirada, como é que o senhor se sentiria com relação a Deus?"
Um mês depois disso, Booth-Tuckert perdeu a esposa num trágico acidente de comboio. Durante a cerimónia fúnebre, realizada no salão de Chicago onde pregara, ele deu este testemunho: "Ainda creio em Deus. Eu amo-O e conheço-O."
Eu gostaria de saber se o homem com quem Booth-Tuckert tinha conversado esteve presente no funeral e, se esteve, qual foi a sua reacção. Conheço um caso parecido. Um pastor tinha sido incapaz de consolar um viúvo da sua congregação, mas depois de perder a própria esposa, conseguiu transmitir palavras de verdadeiro encorajamento.
Deus compreende o luto. Tendo perdido o Filho único através de uma morte cruel e injusta, Ele obteve o direito de ser chamado o Deus de toda a consolação. Quando somos privados dos nossos queridos, Ele entende o que estamos a sentir e envia o Seu Santo Espírito para consolar-nos. Nunca nos esqueçamos de que um dos títulos do Espírito Santo é 'O Consolador', porque Ele nos dá ânimo.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

GUARDADORES DA CHAMA

De baixo da Sua glória acenderá uma queima, como a queima de fogo. Porque a Luz de Israel virá a ser como fogo e o seu Santo como labareda. Isaías 10:16 e 17

Em 1790, há mais de duzentos anos, John e Sarah Morris, da Filadélfia, mudaram-se para Saluda, Carolina do Norte (hoje em dia, parte do Parque Nacional Great Smoky nos Estados Unidos), e acenderam um fogo usando uma pederneira e um pedaço de aço. Tanto quanto eu saiba, esse fogo continua a arder até hoje. Os tempos mudaram, guerras começaram e acabaram, novas cabanas substituíram as antigas, o fogo passou de uma residência para outra, mas as várias gerações da família Morris mantiveram cuidadosamente o fogo aceso. Considera-se que essa chama é o mais antigo fogo contínuo aceso pelo homem na América e talvez no Mundo. Mantê-lo a arder não tem sido fácil, pois consome cerca de 3,5 metros cúbicos de lenha por mês e precisa de ser cuidadosamente vigiado para não se apagar.
A Palavra de Deus é comparada a um fogo - um fogo que arde no coração de homens e mulheres. Lembra-se da história: enquanto Cléopas e o seu companheiro (alguns acham que era a esposa dele) caminhavam para Emaús no domingo à tarde após a ressurreição de Jesus, foram abordados por um Estranho. Depois de Lhe contarem as suas esperanças destruídas, Jesus, que era o Estranho, "começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras". Lucas 24:27.
Mais tarde, quando perceberam que tinham estado a conversar com o próprio Jesus, disseram: "Porventura não nos ardia o coração, quando Ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?" Lucas 24:32. Observe: eles não ficaram satisfeitos em guardar para si as boas novas. Naquela mesma noite, correram de volta para Jerusalém e deram a maravilhosa mensagem aos seus amigos!
Assim como a família Morris, você e eu somos guardadores da chama, a chama do evangelho. Essa chama da esperança, agora entregue a nós, tem sido mantida acesa há quase dois mil anos. Algumas vezes bruxuleou fraquinha, mas graças a Deus nunca se extinguiu!
Já teve, algumas vezes, a impressão de que a chama no seu íntimo estava quase a apagar-se? Se já teve, permita que o Espírito Santo a reanime e a transforme num fogo ardente, que não se satisfaça enquanto não tiver acendido a esperança no coração de outras pessoas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

O PODER DA RESSURREIÇÃO

Tudo o que eu quero é conhecer a Cristo, e ter a experiência do poder da Sua ressurreição. Filip. 3:10 (A Bíblia na Linguagem de Hoje)

O mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos é necessário para a alma que está morta em delitos e pecados (ver Efésios 2:1). Num outro texto, Paulo declara que a pessoa "que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morta". I Timóteo 5:6. Essa pessoa pode estar viva fisicamente, mas no âmbito espiritual está morta. Os indivíduos nestas condições precisam do "poder da ressurreição", pois conhecer Cristo pessoalmente significa não só experimentar a ressurreição do corpo na Segunda Vinda (ver I Tessalonicenses 4:17); significa também experimentar a ressurreição espiritual na vida presente.
Todos nós conhecemos pessoas que se encaixam na categoria de fisicamente vivas, mas espiritualmente mortas. Num dos seus escritos, Paulo descreve esse tipo de pessoa como 'homem natural'. Fale de coisas espirituais com essa pessoa, e ela vai considerá-las loucura (I Coríntios 2:14). Seria a mesma coisa que falar com um cadáver.
Quando trabalhei como missionário no Amazonas, estudei a Bíblia no lar do Sr. Moraes, que se classificava como homem 'natural'. Ele adorava um deus chamado Intelecto. Criticava o cristianismo e ridicularizava a sua esposa crente. Era de admirar que me permitisse estudar a Bíblia em sua casa, e mais ainda que ele escutasse. Mas ele escutava, embora aparentasse indiferença total. Foi então que o Espírito Santo fez algo que eu não podia fazer. De um modo misterioso, Ele atingiu a mente daquele homem e vivificou uma alma morta em ofensas e pecados. Que diferença notável! Tive o privilégio de baptizar o Sr. Moraes.
Nesta vida, não é suficiente experimentar uma vez o poder da ressurreição. Assim como conhecer melhor Jesus significa um companheirismo cada vez mais constante com Ele, assim também experimentar o poder da ressurreição é um processo contínuo. Quando obtemos um conhecimento mais profundo de Cristo através da Sua Palavra e abrimos o coração ao Seu Espírito, aquelas áreas da nossa mente que ainda se encontram espiritualmente mortas são despertadas - trazidas à vida. Hoje, quando passar a conhecer um pouco mais de Deus através do estudo da Sua Palavra, abra as portas da sua mente ao Espírito Santo e experimente aquele poder que ergueu Jesus dentre os mortos (ver 1 Pedro 3:18).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

BEM CRESCIDOS PARA ASSUMIR A CULPA

Nós andávamos perdidos e espalhados como ovelhas! Nós abandonámos os caminhos de Deus e seguimos os nossos próprios caminhos; apesar disso Deus jogou sobre Ele a culpa e os pecados de cada um de nós. Isaías 53:6 (A Bíblia Viva)

Quando William Ewert Gladstone, um dos primeiros-ministros da Grã-Bretanha no século XIX, era o Ministro das Finanças, ele pediu que o Tesouro lhe enviasse algumas estatísticas, com base nas quais ele pretendia elaborar a sua proposta orçamentária. O encarregado das estatísticas cometeu um erro, mas Gladstone tinha tanta confiança na exactidão daquele homem, que não verificou os dados. Compareceu perante a Câmara dos Comuns e fez o discurso, baseando a sua proposta em números incorrectos. Logo que o discurso foi publicado nos jornais, alguém expôs o erro.
Embora essa revelação fosse extremamente embaraçosa, Gladstone arcou com a culpa. Já no seu escritório, mandou chamar o director de estatísticas. Quando o homem apareceu, tinha a certeza de que perderia o emprego. Para sua surpresa, ouviu Gladstone dizer: "Sei o que deve estar a sentir depois do que aconteceu. Mandei chamá-lo para lhe dizer que fique à vontade. Você há muito que se ocupa das intrincadas contas da nação, e este foi o seu primeiro erro. Quero felicitá-lo pelo seu trabalho e expressar a minha admiração pelo fiel serviço que tem prestado."
Podemos imaginar o alívio daquele homem.
Requer grandeza arcar com a culpa pelos erros dos outros. Todos os seres humanos falham, quando se trata do pecado. Diz a Bíblia: "Não há justo, nem sequer um." Romanos 3:10. Quando alguém fracassa, a tendência natural é pôr a culpa noutro. Foi isso que Adão fez depois da queda - ele culpou Eva. Foi isso que Eva fez - ela culpou a serpente. Mas não foi isso que Cristo fez. Ele tomou sobre Si a "iniquidade de todos nós".
Quando ocorrem desentendimentos, as pessoas normalmente acham que estão certas e que os outros estão errados; e esperam que os outros venham e se desculpem. Mas isso nem sempre acontece. Precisamos de ter Cristo como nosso modelo e sermos crescidos o suficiente para assumir a 'culpa' quando necessário, mesmo que na realidade tenhamos razão. Só uma grande pessoa faz isso.

domingo, 1 de abril de 2012

DEMASIADA AUTOCONFIANÇA

Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu jamais! Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. Mas ele insistia com mais veemência: ainda que me seja necessário morrer Contigo, de nenhum modo Te negarei. Marcos 14:29-31

Pedro gabava-se de que nunca negaria o seu Senhor, embora Jesus já tivesse profetizado que Pedro o negaria três vezes, antes que o galo cantasse.
Na sua segunda veemente afirmação, Pedro declarou que estava disposto a seguir Cristo, não só para a prisão, mas até para a morte - e ele estava a falar a sério (Ver Marcos 14:46 e 47; Lucas 22:49 e 50.)
Ele demonstrou que não estava a brincar ao puxar a espada, quando aquela multidão em número muito maior do que o dos discípulos chegou para prender Jesus. Pedro cortou mesmo a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote. Apesar de tudo, momentos mais tarde, aquele 'corajoso' homem fugiu com medo de perder a vida. Posteriormente, na mesma noite, negou o seu Senhor três vezes, e na última até jurou e praguejou. Porque essa mudança repentina e inesperada?
A razão é bem simples. Apesar do facto de Jesus ter repetidamente advertido os Seus discípulos de que Ele seria traído, condenado e crucificado, eles recusavam-se a crer que isso aconteceria. Estavam impregnados das interpretações judaicas, que eram erradas, relativas às profecias messiânicas do Antigo Testamento, que retratavam o Messias estabelecendo um reino glorioso. Mas tinham passado por alto as profecias que mostravam que, antes desse reino glorioso, o Messias viria como um servo sofredor.
Assim, quando Jesus - que nunca tinha permitido que O prendessem - deixou a multidão levá-l'O como prisioneiro, a esperança dos discípulos em relação a um reino messiânico terrestre caiu por terra, e eles decidiram abandonar o 'barco', inclusive o autoconfiante Pedro.
Nunca compensa colocar a nossa confiança na carne (Filipenses 3:3), pois a Palavra de Deus admoesta-nos: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia." I Coríntios 10:12. Se nos gloriarmos de alguma coisa, que seja "no Senhor". Salmo 34:2.