segunda-feira, 12 de março de 2012

SALVAR UMA ALMA DA MORTE

Aquele que ajuda um pecador a abandonar o seu caminho errado salva-lhe a vida e alcança o perdão de muitos pecados. Tiago 5:20 (Tradução Interconfessional em Português Corrente)

Certa noite, no Outono de 1989, pouco depois da Mónica, a nossa netinha de 4 anos, e a sua irmã Elizabeth, de 6 anos, terem vindo juntamente com os seus pais morar connosco, as meninas brincavam silenciosamente no quarto - silenciosamente demais, talvez. De repente ouvi a Elizabeth gritar:
- Depressa! A Mónica está quase a cair do telhado! (Ela queria dizer 'da janela'.)
Eu estava a ler sentado na cama quando ouvi o pedido de socorro e saltei para a janela do meu quarto para olhar o único telhado a que ela poderia estar a referir-se. Não vi nada que me alarmasse.
A Elizabeth, entretanto, continuava a gritar:
- Venham depressa! Rápido! Ela vai cair!
Corri até ao quarto das meninas no segundo andar. O pai, que estava a estudar no seu quarto no outro lado do corredor, chegou primeiro. Mas eu cheguei a tempo de ver a Mónica agarrada ao parapeito da janela com a ponta dos dedos, enquanto a Elizabeth a segurava pelos braços como se estivesse a salvar a própria vida.
Num piscar de olhos, o pai agarrou a Mónica e puxou-a para dentro, em segurança. Com as energias esgotadas, ele sentou-se numa das caminhas com o rosto enterrado entre as mãos. Quando todos estávamos mais calmos, ajoelhámo-nos e agradecemos a Deus por ter poupado a vida da Mónica e por ter dado à Elizabeth a presença de espírito para ficar a segurar a irmãzinha.
Como foi que aquilo aconteceu? As meninas estavam a brincar junto ao parapeito da janela e desprenderam a rede de protecção. Depois, inclinando-se para fora, a Mónica perdeu o equilíbrio e começou a cair. A Elizabeth conseguiu segurar-lhe os braços e ficou agarrada à irmã até que o pai a conseguiu apanhar. Se a Elizabeth não tivesse ajudado a irmã, é bem possível e até provável que hoje não tivéssemos a Mónica connosco, pois debaixo da janela, a uma grande altura do chão, estava também um monte de tábuas cheias de pregos enormes.
As pessoas, em geral, mostram grande preocupação por alguém cuja vida física esteja em risco. Poucas, entretanto, mostram o mesmo interesse quando se trata de salvar alguém em perigo de perder a vida eterna. Pensemos nisto!