quinta-feira, 8 de março de 2012

PALAVRA TÃO VALIOSA COMO UM JURAMENTO

Eu, porém vos digo que, de maneira nenhuma jureis. ...Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque, o que passa disto é de procedência maligna. Mateus 5:34 e 37

Os nossos amigos quacres levam essa ordem de Jesus a sério, literalmente. Nós louvamo-los por serem conscienciosos, embora possamos pensar que levam as palavras de Cristo longe demais - afinal de contas, Ele mesmo respondeu sob juramento (Mateus 26:63 e 64), e Paulo repetidas vezes invocou Deus como testemunha de que estava a dizer a dizer a verdade (II Coríntios 1:23; 11:31; I Tessalonicenses 5:27).
Em meados do século dezassete, um grupo de quacres foi preso em Londres, por se ter recusado a prestar um juramento judicial.
- A lei exige que vocês jurem que as vossas declarações são verdadeiras - gritaram os oficiais do tribunal.
Ao que os quacres responderam:
- Não. A palavra de um homem é tão séria como um juramento deve ser.
E assim foram parar à prisão.
As condições na prisão eram tão horríveis, que um dos quacres morreu poucos meses depois. Em 1662, um júri de instrução foi à prisão para realizar um inquérito sobre a morte do homem, e ficou tão horrorizado com as condições ali existentes, que os jurados se admiraram de não terem morrido mais pessoas.
Um xerife foi enviado à prisão com a ordem de transferir 30 dos quacres para outra penitenciária, a fim de diminuir o excesso de lotação da cela em que eles se encontravam.
Foi então que aconteceu uma coisa estranha. O porteiro, que tivera ocasião de observar o comportamento dos quacres e devia acompanhá-los à nova cela, disse:
- Vocês, que devem ir para a Prisão Bridewell, sabem como lá chegar. A vossa palavra é digna de confiança. Não há necessidade que eu vos acompanhe.
Enquanto os moradores de Londres observavam os prisioneiros, esfarrapados e subnutridos, caminharem dois a dois pelas ruas, carregando às costas os seus pertences, alguém perguntou a Thomas Elwood, o líder dos quacres, porque é que eles não fugiam. A resposta dele é memorável:
- Porque a palavra que demos é o nosso guarda.
Todos nós podemos aprender uma lição com esses fiéis e destemidos cristãos. Que Deus nos ajude a mantermo-nos tão leais às promessas que fazemos, que a nossa palavra seja melhor do que qualquer tipo de juramento judicial.