sábado, 25 de fevereiro de 2012

QUÃO TOLOS SÃO OS MORTAIS!

Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam. Salmo 14:2 e 3

Durante os anos em que os meus pais foram missionários no arquipélago dos Açores, o Sr. George Hayes era o cônsul britânico naquelas ilhas. Ocasionalmente, ele ou a sua esposa convidavam-me a mim e ao meu irmão para irmos a casa deles, ler ou brincar com a sua filha Yvonne, que tinha mais ou menos a nossa idade. Às vezes passávamos horas a ler revistas. Uma revista, chamada Punch, interessava-me sempre muito. Trazia no cabeçalho a gravura de um personagem com um longo nariz adunco e um sorriso forçado. Sob a gravura apareciam estas palavras: "Quão tolos são estes mortais!"
De acordo com o versículo desta manhã, isso é verdade no que diz respeito a todos nós. Às vezes, as pessoas aparentemente mais inteligentes fazem coisas bem disparatadas. Salomão é um exemplo típico disso. Dotado de inteligência superior, esse poderoso monarca chegou ao ponto de esquecer que os seus elevados talentos eram dons de Deus. Durante algum tempo, ele perdeu de vista o Doador dos seus dons.
Foi nessa mesma armadilha que Lúcifer caiu (ver Ezequiel 28:12, 15 e 17) - e na qual muitos de nós também somos propensos a cair (ver I Timóteo 3:6). Muitas pessoas a quem Deus concedeu capacidades excepcionais agem como se elas tivessem conquistado, ou de algum modo merecido, esses dons. Com frequência, essa atitude é revelada pelo modo altivo como tratam os menos afortunados ou dotados. Quão tolos somos nós, mortais, quando actuamos dessa forma!
Se Deus nos concedeu capacidades especiais, isso de modo nenhum justifica uma atitude orgulhosa da nossa parte ou o desprezo para com os menos dotados. Em vez disso, deveríamos reconhecer que essas bençãos constituem dádivas a serem empregues para trazer honra e glória ao Doador, e beneficiar os nossos semelhantes.
Deus concede, em vários graus, dons e talentos a cada pessoa - e isso inclui-o a si e a mim (ver I Coríntios 12:4). Demonstremos, pelas nossas acções, que reconhecemos a verdadeira Fonte dos nossos dons, usando-os para a glória de Deus e o bem dos outros.