quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ALIMENTO PARA O ESPÍRITO

Porque gastais o dinheiro naquilo que não é pão; e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente e comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Isaías 55:2.

Há algum tempo, um amigo meu contou-me algo que lhe acontecera e que se relaciona com o texto da nossa meditação. Enquanto a sua mulher fazia compras na cidade, ele ficara em casa para fazer alguns trabalhos esporádicos. Na hora do almoço, abriu o frigorífico à procura de algum alimento que não exigisse muito preparo. Encontrou algo que parecia um substituto de carne para vegetarianos e experimentou-o. O gosto era bom. Aqueceu-o e deleitou-se comendo aquela refeição. De repente, sentiu um ruído ao trincar um grão que parecia areia. Ficou curioso para saber do que se tratava. Quando a mulher chegou a casa, desvendou-se o mistério. O meu amigo tinha comido ração para cães!
A carne, com certeza, tinha sido esterilizada, mas isso não contribuiu para acalmar o estômago do meu amigo. Lendo o rótulo de uma das latas, ele descobriu que continha "subprodutos cárneos", o que não ajudou em nada a diminuir a sua repugnância.
Divertido? Repulsivo? Mas que lição para os cristãos! Pode acontecer que algum de nós esteja involuntariamente a dedicar-se a coisas de "gosto bom" para o nosso apetite pervertido, mas prejudiciais ao nosso bem-estar espiritual, como programas de TV e vídeo ou revistas que alimentam a natureza inferior? O que são essas imagens, senão falsos deuses?
Um cristão disse-me recentemente que ele não via mal em assistir a programas pornográficos pela TV-cabo ou a vídeos proibidos para menores ou ainda a ler revistas imorais, contanto que o fizesse na privacidade do seu quarto e na companhia da sua mulher, logicamente! Mas qual é a diferença entre cobiçar outra mulher ou outro homem, na privacidade do quarto e sentir a mesma cobiça nas ruas? (ver Mateus 5:28).
Em vez de alimentar a nossa natureza inferior, deveríamos assumir este compromisso: "Não porei coisa injusta diante dos meus olhos" (Salmo 101:3), mas alimentarei a minha alma com aquilo que nutre a vida espiritual - um conhecimento mais profundo do Deus verdadeiro. Pense nisto.